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Estado de Minas

Sarampo: Venda Nova pode registrar primeiro caso contraído em BH em mais de 20 anos

Secretaria Municipal de Saúde estuda se bebê que deu entrada no Bairro Lagoa está mesmo com a doença e se vírus foi contraído na capital mineira


postado em 23/08/2019 18:27 / atualizado em 23/08/2019 21:49

Vacinação é saída para se prevenir contra o sarampo(foto: Venilton Küchler/SESA/Agência Brasil)
Vacinação é saída para se prevenir contra o sarampo (foto: Venilton Küchler/SESA/Agência Brasil)
Uma semana que elevou a ameaça do sarampo em Belo Horizonte e em Minas Gerais para o mais alto nível. Nesta sexta-feira (23), a capital passou por mais um momento crítico para a propagação da enfermidade altamente contagiosa: o Centro de Saúde Lagoa, em Venda Nova, precisou ser fechado por duas horas depois de um bebê que pode estar infectado – que pode, ainda, ser o primeiro caso autóctone (contraído na cidade do enfermo) de Belo Horizonte desde 1997 – ter sido levado à unidade de saúde.
 
O caso foi semelhante ao de um morador de São Paulo, de 30 anos, que também forçou o fechamento de um equipamento de saúde na capital mineira na quarta-feira. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Centro-Sul ficou isolada por cinco horas. Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde informou que mais três diagnósticos de sarampo devem ser confirmados em Minas em breve, nas cidades de Passos (Sul), Viçosa (Zona da Mata) e Uberlândia (Triângulo). 

Nessa sexta, o alarme foi acionado na Rua José Sabino Maciel, no Bairro Lagoa. Houve a notificação do caso suspeito e, de imediato, a Secretaria Municipal de Saúde acionou o plano de contingência articulado pelo Ministério da Saúde. “É feito o bloqueio seletivo da cadeia de transmissão do sarampo, a partir da vacinação de todas as pessoas não imunizadas que estavam no posto. Quem está protegido é liberado na hora, mas quem não está precisa receber a imunização. Depois, é liberado imediatamente. Ainda precisamos fazer a higienização da unidade depois disso”, explicou a gerente de vigilância epidemiológica da secretaria, Patrícia Merljak Pinto Toledo. 

Segundo Patrícia, o fato de a suspeita pairar sobre uma criança menor que 6 meses, ou seja, que não pode ser vacinada, causa ainda mais preocupação. Dessa maneira, caso o diagnóstico seja confirmado, a cadeia de transmissão da doença não pode ser totalmente encerrada, já que depende da proteção de quem teve ou vai ter contato com o paciente.
 
“A melhor alternativa é sempre a vacinação. Os postos estão abertos de segunda a sexta-feira e os estoques estão abastecidos. Se todo mundo se vacinar, o risco deixa de existir”, destaca a gerente da prefeitura. 

Ainda de acordo com a funcionária da administração municipal, a criança de Venda Nova não teve contato com o empresário de São Paulo que forçou o fechamento temporário da UPA Centro-Sul na quarta. No entanto, a prefeitura não garante que se trate de um caso contraído dentro de Belo Horizonte – o que se transformaria no primeiro da cidade em mais de duas décadas. Segundo o Executivo municipal, estudos serão feitos para concluir se se trata de um diagnóstico autóctone ou não.

Em junho, Minas Gerais registrou seu primeiro caso oriundo do estado desde 1999, uma criança moradora de Belo Horizonte, mas que havia viajado com a família para Carmópolis de Minas, na Região Centro-Oeste do estado, onde teria contraído a doença.

Além desse, outros três diagnósticos já foram confirmados no estado: um italiano que mora em Betim, um jovem de 25 anos residente em Contagem e uma adolescente de 13, que mora em Belo Horizonte e esteve em Porto Seguro (BA) e Almenara, na Região do Vale do Jequitinhonha, em janeiro.

Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde na quinta-feira, muito provavelmente Minas Gerais terá mais três casos confirmados em breve – o que elevaria para sete diagnósticos o quadro anual. Os casos em investigação são de moradores de Viçosa, Uberlândia e Passos que tiveram contato com pessoas de São Paulo, estado responsável por concentrar 98,9% das ocorrências de sarampo no Brasil neste ano. Esses pacientes apresentaram os sintomas da doença e já têm os exames iniciais reagentes. Após análise minuciosa das equipes de saúde, o caso será confirmado ou não. 

Segundo a secretaria, todos esses três pacientes passaram pelo bloqueio vacinal. Assim, se interrompeu a cadeia de transmissão, o que evita casos secundários, já que a doença é altamente transmissível. Quanto ao quadro geral, o estado tem 55 casos em investigação. Desde o início do ano, 221 casos suspeitos foram informados, mas 162 (73,3%) deles terminaram descartados.

 

Dose zero
 

Desde quinta-feira, os centros de saúde de todo o Brasil estão oferecendo a “dose zero” da vacina contra a enfermidade, destinada a crianças entre 6 e 12 meses de idade. Essa medida preventiva deve alcançar 1,4 milhão de bebês. Também continuam sendo oferecidas as doses já previstas no calendário nacional de vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde vai enviar 1,6 milhão de doses a mais para os estados. Em Minas, a meta é vacinar 130 mil bebês com a "dose zero". 


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