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Estado de Minas

Vídeo: camelôs enfrentam PM e agentes fiscais na Praça 7

Briga começou quando um vendedor tentou se desvencilhar de um agente. Enquanto um policial tentava deter o camelô, outros ambulantes impediam a prisão


postado em 24/01/2019 11:45 / atualizado em 24/01/2019 17:51

Um vídeo, divulgado nesta quinta-feira, registrou a briga entre policiais militares, agentes fiscais e camelôs no quarteirão Xacriabá da Praça Sete, na Região Central de Belo Horizonte.

A confusão, conforme divulgado em matéria publicada nesta quinta-feira pelo Estado de Minas, teria começado após um camelô irregular tentar fugir de um agente municipal.

No vídeo, é possível ver um policial militar sendo agredido por populares enquanto tentava prender o camelô. Uma mulher, usando colete amarelo escrito “compro ouro”. chega a segurar o agente para impedir a prisão. O agente chega a dar um soco na mulher que o segura. 

O vendedor, que é chamado de Léo pela autora do vídeo, consegue se desvencilhar do policial, que volta em direção ao homem. Na cena, nota-se que, no momento, o policial está sozinho na tentativa de prisão. Enquanto isso, uma multidão tenta impedir a detenção do camelô.

(foto: Reprodução/ Vídeo)
(foto: Reprodução/ Vídeo)

Em meio à confusão, o policial cai chão e, ainda no solo, tenta imobilizar o vendedor. Nesse momento, chegam vários fiscais da prefeitura, que conseguem cercar o policial e o homem. 

O militar sai do cerco e vai em direção à mulher de colete amarelo para detê-la. No momento em que a segura, é possível escutar gritos como “tira a mão dela”. Além disso, um grupo de mulheres começa a chamá-lo de “covarde”. Após 2 minutos e 30 segundo de confusão, chegam outros policiais para ajudar na ocorrência.

Depois de alguns minutos, uma nova confusão começa. Dessa vez, um agente de fiscalização inicia uma discussão com um outro vendedor de colete amarelo. No entanto, a Polícia Militar consegue separar os dois. O vídeo é interrompido e não é possível acompanhar o fim do imbróglio.

Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) informou que atendeu à solicitação da Prefeitura de Belo Horizonte, “para garantia do poder de polícia dos fiscais, estava em apoio às equipes de fiscalização da PBH, que atuam no combate ao contrabando e descaminho de mercadorias na Região Central”. Sobre a confusão registrada, informou que um homem que vendia mercadoria de forma irregular reagiu a ação dos policiais.

“Conforme Boletim de Ocorrência, um indivíduo estava comercializando cigarros de forma irregular na Região Central e ao ser abordado pela equipe de fiscalização da Prefeitura, não acatou as ordens legais dos fiscais. A partir de então, em apoio à equipe de fiscalização, e face à resistência do cidadão, o policial militar, em alto e bom tom, determinou ao cidadão que permanecesse no mesmo local, pois seria abordado, não sendo acatado. Diante disso, o cidadão entrou em luta corporal com os agentes, sendo necessária a atuação policial, com emprego de força necessária para imobilização”, informou a PM.

“Foi necessário apoio de outras equipes, tendo em vista que duas mulheres tentaram arrebatar o conduzido e agredir o policial militar, causando um grande tumulto. Houve a condução de 03 (três) pessoas, pelos seguintes delitos: arrebatamento de preso, contrabando e descaminho, desacato e resistência”, complementou.

Entenda


Conforme o Estado de Minas acompanhou nessa quarta-feira, a briga começou por volta das 8h, na altura do número 431 da Avenida Amazonas. Na ocasião, Leonardo Teixeira de Oliveira Júnior, camelô de 19 anos, desempregado e vendedor de cigarros irregulares na rua, foi alvo de fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Ele tentou reagir, se desvencilhando dos agentes municipais e da Polícia Militar. 

Alguns vendedores ambulantes que comercializam mercadorias na região ficaram inconformados com a situação e tentaram libertar o homem. A namorada de Leonardo, de 17 anos, e uma mulher identificada como Valdirene Flávia Inácio, de 31, entraram na briga com o policial. 

Segundo a versão do policial, o jovem enfiou a mão numa pochete, o que levantou a possibilidade de ele estar armado. Mediante isso, o soldado tentou imobilizar o rapaz, que se debateu, tentando se desvencilhar.

Após a confusão, Leonardo e Valdirene foram detidos e responderão por desacato, desobediência e agressão a funcionário público.

“É uma covardia. O Léo estava apenas vendendo cigarros para sustentar sua família. Ele é pessoa trabalhadora e está aqui há anos. A gente quer ter uma condição, mas a prefeitura não dá condições para todos. E o que se vai fazer, sem emprego e sem vender? Morrer, ver a família passar fome?”, questionou uma das ambulantes, Maria José Raimunda Silva, de 52. 

Imbróglio constante

Como publicado pelo Estado de Minas na edição desta quinta-feira, os tumultos entre agentes fiscais e camelôs têm crescido no Hipercentro de Belo Horizonte. O que impulsiona é o cerco sem tréguas iniciado há pouco mais de um ano e meio para evitar a volta de ambulantes às ruas da capital. (Com informações de Mateus Parreiras)

Nota oficial

No início da tarde desta quinta-feira, a Polícia Militar (PM) divulgou uma nota a respeito do caso. Confira na íntegra:

“Em atenção à solicitação de informações relativas ao fato ocorrido na Praça Sete, na data de ontem, a Polícia Militar, atendendo à solicitação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), estava em apoio às equipes de fiscalização da PBH, que atuam no combate ao contrabando e descaminho de mercadorias na Região Central.

Conforme Boletim de Ocorrências, um indivíduo estava comercializando cigarros de forma irregular na Região Central e ao ser abordado pela equipe de fiscalização da Prefeitura, não acatou as ordens dos fiscais. A partir de então, em apoio à equipe de fiscalização, e face à negativa do cidadão, o policial militar, em alto e bom tom, determinou ao cidadão que permanecesse no mesmo local, pois seria abordado, não sendo acatado.

Diante disso, o cidadão entrou em luta corporal com os agentes, sendo necessária atuação policial, com emprego de força para imobilização. Foi necessário apoio de outras equipes, tendo em vista que duas mulheres tentaram arrebatar o conduzido e agredir o policial militar.


Houve a condução de 03 (três) pessoas, pelos seguintes delitos: arrebatamento de preso, contrabando e descaminho, desacato e resistência. A Polícia Militar informa que todas suas ações são pautadas para a garantia de Lei e da Ordem Pública, de forma isonômica e dentro do ordenamento jurídico brasileiro.

Não obstante, qualquer cidadão que entender que a conduta da Polícia Militar teve excesso ou que a atuação foi fora da legalidade, poderá formalizar uma reclamação junto aos canais competentes.”

*Estagiário sob supervisão do editor Benny Cohen


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