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Estado de Minas

Futuro das tarifas de ônibus de BH está nas mãos da Justiça

Por força de liminar, preços voltaram a R$ 4,05 ontem, mas o sindicato das empresas anuncia que vai recorrer


postado em 02/01/2019 06:00 / atualizado em 02/01/2019 08:28

Depois de circular por dois dias com passagem reajustada, os ônibus cobravam ontem tarifa de R$ 4,05, valor anterior ao aumento de 11%(foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)
Depois de circular por dois dias com passagem reajustada, os ônibus cobravam ontem tarifa de R$ 4,05, valor anterior ao aumento de 11% (foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)


O futuro das tarifas dos ônibus de Belo Horizonte é incerto e novos capítulos podem ocorrer em relação ao preço pago pelo bilhete. No último episódio de uma série de fatos que vêm acontecendo desde a semana do Natal o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra/BH) anunciou que vai recorrer de uma decisão liminar da Justiça que suspendeu o aumento de 11% anunciado pela Prefeitura de BH. Depois de uma série de reuniões com o Setra, o prefeito Alexandre Kalil anunciou que a passagem subiria de R$ 4,05 para R$ 4,50 a partir de 30 de dezembro, o que de fato ocorreu. Porém, ontem o preço retornou aos R$ 4,05 antes do reajuste graças a uma decisão da Justiça que atendeu pedido do movimento Nossa BH com apoio do Tarifa Zero. Como o sindicato que representa os empresários anunciou que vai recorrer, novas decisões podem mudar o cenário do transporte coletivo.

Antes de o Setra/BH informar que vai recorrer, a Prefeitura de BH já havia anunciado que não entraria com recurso contra a decisão da juíza Dênia Francisca Corgosinho Taborda. O sindicato garante que ainda não foi notificado da decisão judicial que barrou o aumento, mas pontuou que seu departamento jurídico já está mobilizado para recorrer. O reajuste no preço das passagens foi autorizado pela prefeitura depois de uma auditoria nas conta do transporte público da cidade, promessa de campanha do prefeito Alexandre Kalil. O mandatário do Executivo municipal disse que não haveria reajuste enquanto a “caixa-preta” da BHTrans fosse aberta. A prefeitura, então, mandou fazer uma auditoria nos contratos que regem o transporte público e ouviu da empresa responsável pelo serviço que a passagem deveria custar R$ 6,35 levando em consideração as informações contidas em mais de 100 mil documentos analisados. O acordo que autorizou a cobrança da tarifa a R$ 4,50 exigiu das empresas a colocação de mais 300 ônibus com ar-condicionado no sistema, além da contratação de 500 cobradores para ocuparem postos ociosos.

No meio desse cenário, o Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito civil para investigar o aumento da passagem em Belo Horizonte. O órgão informou que solicitou uma manifestação da prefeitura, que deve nortear as próximas ações do MP. A investigação gerou protestos de Alexandre Kalil, que usou sua conta no Twitter para dizer que não deve satisfações a ninguém e que todos os documentos da auditoria foram encaminhados ao Ministério Público. Kalil ainda sugeriu que o MP pedisse a prisão de quem tivesse autorizado aumento de ônibus superior ao contrato. Depois, o prefeito se desculpou, dizendo que postou errado e que sempre deu e continuará dando satisfação ao povo, além de destacar que o responsável por sua raiva era o MP.

Os ônibus em BH rodaram por dois dias consecutivos com a passagem a R$ 4,50. Os dias 30 e 31 de dezembro (domingo e segunda-feira) tiveram o preço reajustado, mas ontem o valor já seguia a determinação da Justiça e voltou para os R$ 4,05.


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