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Estado de Minas

Temporal deixa Machacalis embaixo d'água, no Vale do Mucuri

Córregos da região transbordaram e moradores tiveram que deixar suas casas. Prefeito solicitou decreto de estado de emergência


postado em 04/12/2018 17:49 / atualizado em 04/12/2018 20:24

(foto: Reprodução/Whatsapp)
(foto: Reprodução/Whatsapp)

Após a sequência de chuvas em Machacalis, no Vale do Mucuri, a cidade ficou debaixo d’água. Os córregos Seco e Água Branca transbordaram e as partes baixas da cidade foram alagadas. Chove na cidade desde a última sexta-feira, mas foi na segunda-feira que a chuva caiu com mais intensidade e assustou moradores.

A Defesa Civil emitiu alerta para a população na segunda-feira à noite, com carros de som e mensagens nas redes sociais. “Nesta enchente de agora conseguimos evitar uma tragédia maior. O alerta ajudou a minimizar a tragédia, divulgamos e o pessoal ficou preparado. As pessoas conseguiram tirar muita coisa de suas casas”, conta o secretário municipal e coordenador de projetos do município, Alexandre Amador.

Segundo ele, os córregos estavam com decreto de estiagem, mas a chuva em grande volume impactou o fluxo da água e os córregos transbordaram. “Um campo de futebol encheu de água, tem moradores da zona rural que sofriam com a estiagem e agora sofrem com a chuva. Já fizemos o decreto de calamidade, todos os órgãos e setores estão envolvidos na ajuda da população. Tem pessoas que perderam as coisas pela segunda vez, mas se não fosse o alerta que demos, teria feridos ou mortes”, afirma Alexandre. A chuva continua nesta terça-feira, mas em menor intensidade. “Ainda está tudo alagado. A chuva para e volta toda hora.”

De acordo com o Instituto de Meteorologia, a tendência é que a chuva diminua na região. “Ainda podem ocorrer chuvas localizadas por influência de um canal de umidade, mas a chuva se concentra mais na Região Centro-Sul da Bahia e menos em Minas Gerais”, explica a meteorologista Anete Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Esta é a segunda enchente deste ano na cidade. Em fevereiro, o município decretou estado de calamidade pública. Cerca de 50 famílias ficaram desabrigadas devido à enchente causada pelo transbordamento dos rios e córregos. 

O prefeito de Machacalis, Mauro de Moreno, solicitou um decreto de estado de emergência na cidade. “Acompanhamos desde ontem no momento que começou a chuva, monitoramos, anunciamos para o pessoal que mora na parte de baixo bem antes do ocorrido, passamos a madrugada monitorando e não é fácil, os resultados da enchente não estão sendo fáceis”, disse.

Confira, na íntegra, o relato do prefeito enviado para o Jornal Estado de Minas:

“A cidade de Machacalis está encravada numa região com topografia muito irregular, o que impõe a necessidade dos munícipes na feitura de construções em áreas acidentadas e quando não naquelas com certo grau de facilidade, para um alagamento. O solo não possui a resistência própria para enfrentar as intempéries do tempo, o que impõe a aplicação por parte da natureza de um pesado ônus em desfavor da comunidade. Não temos uma estrutura capaz de evitar os estragos que não raras vezes acontecem em Machacalis. Para tanto faz-se necessário a conjugação de forças do município do estado e da união para que esse problema fosse definitivamente debelado. 

A solução para os frequentes castigos impostos ao cidadão, está literalmente ligada à  boa vontade da esfera federal e da estadual para que, somando forças com o município buscassem o melhor remédio qual seja, a execução de obras próprias para erradicação do problema. Acontece, porém, que o município não dispõe de recursos orçamentários para tanto, em razão de ser pobre, com a arrecadação muito abaixo dos patamares normais o que nos leva a afirmar: sem o envolvimento da União e do Estado, jamais, esse problema terá solução definitiva e lamentavelmente a população continuará sendo penalizada.

A administração municipal mesmo diante das dificuldades financeiras impostas em decorrência da crise que assola a todos os municípios, desde a precipitação de chuvas ocorridas em fevereiro deste ano tem desenvolvido um trabalho substancial para abrandar as consequências de efeitos gerados pelas chuvas, tais como: doação de cestas básicas às famílias; doação de lajotas, areia, cimento, material de limpeza, material higiênico, colchões, aluguéis dentre outros e se mais não fizemos, com certeza, fomos impedidos de fazê-lo em virtude da absoluta falta de recurso. E daremos a assistência necessária para os atingidos pelas chuvas de agora e estaremos buscando auxílio junto ao governo federal e estadual.”

 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie 


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