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Estado de Minas

Intervenções em contenção na BR-356 devem continuar por mais 70 dias

O local precisou ser parcialmente interditado depois que a Defesa Civil de Belo Horizonte identificou indícios de movimentação do terreno em virtude do excesso de chuvas em março em BH


postado em 16/06/2018 07:00 / atualizado em 16/06/2018 07:24

As ferragens já estão colocadas em vários pontos, faltando ainda a proteção de concreto, segundo engenheiros do DEER/MG(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
As ferragens já estão colocadas em vários pontos, faltando ainda a proteção de concreto, segundo engenheiros do DEER/MG (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Metade do prazo estipulado para conclusão da contenção da BR-356 no Bairro Santa Lúcia, Centro-Sul de Belo Horizonte, já se foi e a intervenção revela duas situações, faltando ainda pouco mais de dois meses para a liberação do tráfego no local. Na parte de baixo da obra, onde fica visível a proteção do barranco, do tipo cortina atirantada, já é possível observar a instalação de uma série dos novos 300 tirantes previstos para segurar a parede de concreto, o que mostra evolução do trabalho. Na parte de cima, a paciência ainda é a principal aliada dos motoristas, já que mesmo com o avanço das obras duas faixas vão seguir fechadas ao tráfego até o fim das intervenções, previstas para durar cinco meses e que ainda demandam cerca de 70 dias para serem concluídas. O local precisou ser parcialmente interditado depois que a Defesa Civil de Belo Horizonte identificou indícios de movimentação do terreno em virtude do excesso de chuvas em março em BH. Uma grande operação foi montada no local, inclusive com o uso de um radar capaz de detectar em tempo real alteração de até 0,1 milímetro na estrutura.

Na época do anúncio oficial das intervenções que seriam necessárias no local, o diretor-geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG), Davidsson Canesso, informou que os 300 tirantes que faziam a escora do barranco já não estavam mais exercendo a função devida e, por isso, outros 300 seriam colocados. As ferragens já estão colocadas em vários pontos, faltando ainda a proteção de concreto, segundo engenheiros do DEER/MG. O paredão tem 160 metros de comprimento e 10 de altura em sua parte mais alta. O tirante funciona como uma espécie de estaca, que perfura o solo até o terreno mais sólido, chamado de competente, com o objetivo de prender a parede. As intervenções exigem o fechamento de duas faixas de trânsito na parte de cima, o que cria uma situação complicada para os motoristas no horário de pico.

O advogado Thiago Barros, de 34 anos, reclama do transtorno causado na circulação do local. “Depois que começaram as obras, demoro mais de uma hora para chegar em casa no horário de pico. Acho que não conseguiram criar medidas paliativas para amenizar o congestionamento naquele ponto”, diz ele. Outro problema apontado pelo advogado é a sinalização, considerada ruim por ele no local e que muitas vezes confunde os condutores. O contador Thiago Lara, de 29, evita passar por lá no horário de pico justamente para não ficar parado no trânsito. “Na quinta-feira, não teve jeito e passei às 19h15, quando a fila no trânsito sentido BH Shopping estava além do Verdemar”, afirma. Após a conclusão da inserção de 300 tirantes entre as atuais estruturas, que estão defasadas, será necessário fazer o nivelamento do asfalto na rodovia acima do muro, já que foi registrado afundamento de parte da BR-356 na pista em direção ao Rio de Janeiro.

REMOÇÃO DE FAMÍLIAS

O trabalho de reforço na contenção chegou a ser atrasado por conta da necessidade de remoção de pelo menos 32 famílias que ocupavam imóveis construídos de forma irregular na base do muro. Sem espaço para a entrada de máquinas, foi necessário fazer as demolições antes que a obra efetivamente pudesse começar. Os engenheiros do DEER/MG também trabalharam em uma frente de sondagem do solo para constatar a movimentação do terreno. Quando os trabalhos, enfim, começaram, no fim de março, o primeiro alvo dos trabalhadores foi uma placa específica que estava em situação mais crítica. Com a estabilização dessa placa, foi possível manter o muro todo sem risco e com isso as intervenções evoluíram.

Em nota, o DEER/MG informou que o prazo de execução da intervenção é de 150 dias a partir do final de março, quando a obra foi iniciada. “Durante as obras, duas das quatro faixas da via, no sentido Rio de Janeiro, permanecerão fechadas para garantir a segurança no trecho. Novas intervenções no trânsito não serão necessárias no momento. O valor estimado é de R$ 11,9 milhões”, informa o DEER/MG.


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