![Bombeiros combatem incêndio criminoso a coletivo no Bairro Primavera, em Uberaba(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação) Bombeiros combatem incêndio criminoso a coletivo no Bairro Primavera, em Uberaba(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)](https://i.em.com.br/sa_dl3E1rHmInbHlgN0rtDAb7KE=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2018/06/08/965485/20180608134947685833o.jpg)
Os bandidos detidos são considerados "disciplinas", que é o posto de quem executa punições contra integrantes que falharam de alguma forma. "O grupo estava organizado. Planejavam juntos os ataques em Uberaba e outras cidades do Triângulo, seja efetivamente praticando os crimes, seja repassando informações para que outros membros. (Eles determinavam) Quais ônibus deveriam ser incendiados, onde e de que forma deveriam atuar", afirmou o chefe do Departamento de Polícia Federal de Uberaba, delegado Marcelo Leonardo Rodrigues Xavier, em entrevista coletiva.
Só a cidade de Uberaba já sofreu seis ataques, sendo um contra um caminhão de lixo, um num caixa eletrônico e quatro a ônibus de transporte coletivo. Os ônibus da cidade têm sido escoltados pela Polícia Militar para conseguir transportar a população sem serem atacados.
![Caminhão de coleta de lixo incendiado em Uberaba em ação criminosa(foto: Polícia Militar/Divulgação) Caminhão de coleta de lixo incendiado em Uberaba em ação criminosa(foto: Polícia Militar/Divulgação)](https://i.em.com.br/I8SNkfVptBc7PfHbQQ3dmDzbvhs=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2018/06/08/965485/20180608135728513604e.jpg)
O policial federal afirmou que as ações continuam e que mais prisões devem ocorrer na sequência. "Hoje apreendemos materiais importantes como telefones e registros importantes para a facção, além de uma pequena quantidade de drogas". A investigação em conjunto continua e um dos objetivos e conseguir chegar a quantas pessoas efetivamente estão ligadas à essa facção no Triângulo.
Só na região, já são 41 pessoas presas por envolvimento nos ataques. "Hoje, foram quatro homens e uma mulher, mas já tivemos outros 36 presos anteriormente. Em Araxá, foram 25, ao todo, e vamos continuar com essas operações. Vamos continuar com as ações em conjunto e as apurações vão poder pontuar qual a participação efetiva de cada criminoso. Enquanto isso a PM contuinuará a escoltar os coletivos pelo tempo que for necessário, com policiais a paisana também atuando na identificação desses infratores", disse o comandante da PM na região, coronel Peres.
Apesar de um certo grau de organização, o grupo não tinha objetivos concretos, na avaliação do chefe da Polícia Civil na região, delegado Heli Andrade. "Os alvos eram difusos e o grupo não tem um objetivo maior. Alguns falam sobre a morte de lideranças da facção, outros falam sobre opressão no sistema prisional", disse o policial.
De acordo com os primeiros levantamentos, muitos dos detidos em outras operações eram iniciantes na facção, passando por provas para serem aceitos, segundo o delegado da Polícia Civil. "Existem elementos (indivíduos) que sequer têm passagem e que foram recrutadas recentemente. Daí (dos ataques) em diante, agiriam em outras atividades como roubo, tráfico e outras missões", disse o militar Se condenados, os detidos podem ter de cumprir penas somadas de até 13 anos de penas por participação em organização criminosa, crime de dano e crime de incêndio.