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Estado de Minas

Inauguração de viaduto na Lagoinha, em BH, é adiada para maio

Viaduto que desafogará gargalo de trânsito no Complexo da Lagoinha, acesso ao Centro de BH, tem abertura adiada. Lentidão na hora do rush continua ao menos até maio


postado em 28/03/2018 06:00 / atualizado em 28/03/2018 07:53

Congestionamento ao lado de pistas vazias: Sudecap sustenta que temporada de chuva atrasou a obra (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Congestionamento ao lado de pistas vazias: Sudecap sustenta que temporada de chuva atrasou a obra (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Motoristas que ficam presos em longas filas em horário de pico no Complexo da Lagoinha, no Centro de Belo Horizonte, ainda vão ter de esperar por melhoria na fluidez no trânsito com a liberação do novo viaduto que está sendo construído no local. A estrutura, que fará a ligação dos corredores de ônibus das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos com o Hipercentro, já está de pé, mas faltam ajustes para que possa começar a operar. Depois de mais de um ano de atraso, nova previsão foi dada pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap): maio deste ano. O investimento total da intervenção é de aproximadamente R$ 61,6 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.

Outra obra que também vem tirando o sono dos moradores e testando a paciência dos motoristas é a Via 710. A pista de cinco quilômetros de extensão, que deve promover o acesso entre as regiões Leste e Nordeste da capital, ligando as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado, na altura do Minas Shopping, estava prevista para ficar pronta antes da Copa do Mundo de 2014. Porém, sofreu com atrasos e a nova previsão da Sudecap é para o fim do ano. Um dos motivos para a prorrogação do término das intervenções são as desapropriações. A obra tem investimento de R$ 120 milhões, também com recursos do PAC.

No caso do Complexo da Lagoinha, no fim do ano passado, depois de transcorrido quase um ano da previsão inicial para o término da obra, a Sudecap tinha expectativa de inaugurar a estrutura em janeiro. Porém, trabalhos ainda têm que ser feitos para finalizar o elevado. “Devido ao intenso período chuvoso, não está sendo possível executar a sinalização horizontal e a pavimentação do viaduto. As reprogramações no cronograma foram necessárias também em função das negociações com a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos, responsável pelo metrô de BH) para executar as obras em cima da linha férrea e na colocação das vigas”, afirmou a superintendência em nota, informando que só foi autorizada a colocação de uma viga a cada fim se semana.

Novo elevado está praticamente pronto, mas faltam detalhes como sinalização e iluminação (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Pres)
Novo elevado está praticamente pronto, mas faltam detalhes como sinalização e iluminação (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Pres)


O QUE FALTA A Sudecap sustenta que a obra está em sua reta final e que 90% da estrutura já está concluída. Falta a pintura e a limpeza das vigas metálicas, o revestimento com capa asfáltica nas faixas de rolamento e a implantação da iluminação do Viaduto Leste. Além disso, vai ser preparada a armação de barreiras que serão implantadas no Viaduto Leste, sentido Centro/avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos. Elas vão substituir barreiras que já existem no elevado. A BHTrans ficará responsável pela sinalização vertical e horizontal na nova obra.

O elevado que está prestes a entrar em operação tem 57 metros de comprimento e as maiores vigas já usadas na construção de obras do tipo pela Prefeitura de Belo Horizonte. A estrutura começa com quatro faixas de circulação ao lado do Viaduto Leste, que hoje serve tanto aos ônibus quanto aos carros que saem do túnel da Cristiano Machado em direção ao Centro de BH, passando ao lado do Shopping Oiapoque e chegando à Praça da Estação. Quando a pista chega exatamente acima da Avenida do Contorno e da linha férrea, ela se divide, direcionando os fluxos. Duas faixas continuam paralelas ao Viaduto Leste e desembocam no meio da Contorno. As outras duas fazem uma curva à direita, com acesso à Contorno pelo canto direito, na esquina com a Rua São Paulo, em frente ao Shopping Oiapoque.

Desse modo, a pista de duas faixas que segue paralela ao Viaduto Leste, no sentido Lagoinha/Avenida do Contorno e Bulevar Arrudas, passa a receber o tráfego misto (carros e ônibus). A outra, também de duas faixas, desemboca próximo à Rua São Paulo e terá a faixa da esquerda destinada ao trânsito misto, enquanto a da direita será de uso exclusivo de ônibus, incluindo o Move. Na chegada à Rua São Paulo, o acesso será limitado aos coletivos, enquanto os demais veículos seguem e podem acessar o Centro pela Rua Rio de Janeiro.

Outra mudança no Viaduto Leste vai ocorrer no sentido Centro/bairro, partindo do Bulevar Arrudas para as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado. Com a mudança da barreira de concreto que divide os dois sentidos da estrutura, as duas atuais faixas ganham reforço de mais uma e os carros vão poder ocupar três faixas até o Túnel da Lagoinha.


Nova previsão para a Via 710


Outra importante obra viária de Belo Horizonte também enfrenta longos atrasos. A construção da Via 710, acesso entre as regiões Leste e Nordeste da cidade, começou em setembro de 2014, com previsão inicial de conclusão para o fim de 2016. Porém, o cronograma teve que ser alterado devido ao andamento de processos judiciais de desapropriação e remoções, adequações de projetos e implantação de sinalização. Em novembro de 2017, o Estado de Minas mostrou que a previsão para entrega era dezembro. Porém, novamente houve atrasos.

Por meio de nota, a Sudecap informou que o novo prazo para a conclusão da via é o fim deste ano. Mas há ressalvas: “O prazo está sujeito ao andamento dos processos judiciais de desapropriação, que podem provocar reprogramações no cronograma planejado”. De acordo com a superintendência, das 217 desapropriações previstas, 190 imóveis estão liberados e o restante, 27, encontra-se em processo judicial ou em negociação. Estão sendo investidos cerca de R$ 160 milhões em remoções e desapropriações pela prefeitura. Os processos judiciais da Vila Arthur de Sá estão suspensos por orientação do Ministério Público Federal (MPF), até que as negociações das indenizações sejam concluídas.

A obra vai interligar os bairros São Geraldo, Boa Vista, Sagrada Família, Fernão Dias, Santa Inês, Cidade Nova, Palmares, Dom Joaquim, São Marcos, São Paulo e União, além das avenidas dos Andradas e Cristiano Machado. Atualmente, estão sendo executadas intervenções na estrutura do viaduto Bolívar; terraplanagem, pavimentação e obras complementares (passeio, meio-fio e sarjetas) no trecho compreendido entre a Avenida Itaituba e a Rua Elísio de Brito.

Já foi concluída a passarela de concreto entre os elevados, os viadutos D e E, pavimentação asfáltica, passeio, armação de cortina de contenção, instalação de gradis, serviços de microdrenagens, contenções para a trincheira de intercessão entre a Via 710 e a Avenida José Cândido da Silveira, alças de acesso e pavimentação sob os viadutos da pista leste do complexo da Avenida José Cândido da Silveira.


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