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Estado de Minas

Papa nomeia arcebispo de Uberaba para lugar do bispo preso por desvios

Paulo Mendes Peixoto vai ocupar a cadeira de dom José Ronaldo, alvo maior da Operação Caifás, missão conjunta do Ministério Público de Goiás e da Polícia Civil


postado em 21/03/2018 14:36 / atualizado em 21/03/2018 15:25

(foto: Arquidiocese de Uberaba/Divulgação )
(foto: Arquidiocese de Uberaba/Divulgação )

O papa Francisco nomeou o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, administrador apostólico da Diocese de Formosa, no lugar do bispo dom José Ronaldo, preso nesta segunda-feira, 21, na Operação Caifás, por suspeita de articular um esquema na Igreja Católica que teria desviado R$ 2 milhões do dízimo dos fiéis.

Nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Regional Centro-Oeste, destaca que a Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou na manhã desta quarta-feira, 21, que "o papa Francisco nomeou o arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, Administrador Apostólico, sede plena da diocese de Formosa (GO)".

Dom Paulo Mendes Peixoto, natural de Imbé (MG), foi ordenado bispo em 25 de fevereiro de 2006, para a Diocese de São José do Rio Preto (SP). Tornou-se o bispo responsável pela Rede Vida de Televisão e bispo referencial para a Animação Bíblico-Catequética do Regional Sul 1 da CNBB.

No dia 7 de março de 2012 foi nomeado pelo Papa Bento XVI arcebispo da Arquidiocese de Uberaba. Tomou posse no dia 1º de maio de 2012. Ele vai ocupar a cadeira de dom José Ronaldo, alvo maior da Operação Caifás, missão conjunta do Ministério Público de Goiás e da Polícia Civil. Na segunda-feira, 21, além do bispo, a força-tarefa de promotores e policiais prendeu quatro padres, o vigário-geral e o monsenhor Epitácio Cardoso.

No fundo falso de um armário no quarto do monsenhor, os agentes encontraram R$ 70 mil e dólares em dinheiro vivo e mais uma caixa recheada de cédulas e moedas.

O Ministério Público começou a investigar o esquema de desvios na Diocese de Formosa em dezembro, a partir de denúncias de fiéis que exigiam transparência na prestação de contas da Igreja. A investigação mostra que, além do dízimo e das doações, o grupo de religiosos teria desviado dinheiro arrecadado em eventos festivos da Igreja.

Defesa


Com a palavra, a Diocese de Formosa

A reportagem fez contato com a Diocese de Formosa, mas ainda não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Com a palavra, a CNBB

A Conferência Nacional dos Bisp os do Brasil informou na segunda-feira, 21, que "está apurando mais detalhes" da Operação Caifás. (Fausto Macedo e Julia Affonso)


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