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Estado de Minas

Professor da UFMG com febre amarela: médicos de todo o país se mobilizam por transplante

O hospital não confirma o estado de saúde de Rodrigo Fóscolo, mas na internet, parentes dele disseram que a situação é grave


postado em 25/02/2018 10:27 / atualizado em 26/02/2018 09:04

Diante da gravidade do caso, médicos de todo o país se mobilizam para ajudar Fóscolo(foto: Reproducao / TV UFMG/Dvilugacao )
Diante da gravidade do caso, médicos de todo o país se mobilizam para ajudar Fóscolo (foto: Reproducao / TV UFMG/Dvilugacao )

A internação do médico e professor  Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Bastos Fóscolo, está mobilizando os colegas da classe em todo o país em uma campanha pelo Whatsapp. Os médicos pedem aos plantonistas que avisem ao MG Transplantes caso surja um fígado para ser doado ao paciente, que está na fila de prioridade máxima para um transplante hepático.

“Por favor fique atento a qualquer possibilidade de doador em morte encefálica e comunique imediatamente ao MG Transplantes”, pede a mensagem direcionada a intensivistas e emergencistas. A mensagem pede aos colegas da área de saúde que compartilhem o post com colegas de plantão em qualquer parte do Brasil. “Temos pouco tempo para ajudar a salvá-lo”, diz o texto com a foto de Rodrigo Fóscolo.
O post diz que há pouco tempo para salvar o professor com febre amarela(foto: Reprodução)
O post diz que há pouco tempo para salvar o professor com febre amarela (foto: Reprodução)

O médico de BH está internado no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Felício Rocho em estado grave com confirmação de diagnóstico de febre amarela. Parentes, amigos e alunos já fizeram campanha por doação de sangue para ele pelas redes sociais. Todos solicitaram que os interessados em ajudar fossem ao banco Hemoter, na Rua Juiz de Fora, 861, no Barro Preto (Centro-Sul de BH), informando o nome do paciente que necessita da ajuda.

A assessoria do hospital disse que a família não autorizou a passar informação sobre o estado de saúde do professor. Um médico da equipe, que também recebeu a mensagem sobre a doação, disse que a campanha não partiu de dentro do Felício Rocho e que não sabe quem iniciou o movimento. Na internet, sobrinhos e outros parentes disseram que o estado de Rodrigo é grave, ao pedir doações de sangue.

BAIXA IMUNIZAÇÃO
EM MINAS PREOCUPA

Pelo menos 86 pessoas já morreram em virtude da febre amarela apenas em território mineiro, segundo o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado há uma semana. A distribuição dos percentuais de vacinação pelas regionais traz à tona uma preocupação a mais, como mostrou o Estado de Minas em sua edição de sábado. Enquanto Minas persegue, desde o ano passado, um índice de 95% de imunização – os números atuais apontam cobertura vacinal de 84%, se considerado o estado como um todo –, cinco das 10 regionais mineiras com menores taxas (veja quadro) estão em regiões limítrofes com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o surto também se alastrou e provocou vítimas.

Os dados da Saúde estadual apontam 222 casos confirmados da virose em Minas. Em São Paulo, boletim divulgado terça-feira informa 235 casos confirmados e 85 mortes, enquanto autoridades estaduais do Rio de Janeiro contabilizam 82 casos e 37 óbitos. Os números fornecidos pelo Ministério da Saúde ainda estão defasados perante os balanços estaduais, mas só incluem um óbito fora do eixo Minas/Rio/São Paulo, no Distrito Federal.

A baixa vacinação em parte dos municípios preocupa a Secretaria de Estado da Saúde. A pasta afirma que entre as 853 cidades mineiras, mais de um terço, ou 33,88%, ainda não alcançaram sequer 80% de cobertura vacinal; outras 34 têm entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados. A atenção maior é exatamente com os municípios limítrofes com estados onde também há casos de febre amarela.


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