
Segundo informações de Juliano Ribeiro Pimenta, gerente da Central BH Resolve, cerca de 9,5 mil ambulantes foram cadastrados. Ele também disse que os inscritos receberão, em breve, informações sobre o local e a data para a retirada das credenciais e lembra que haverá fiscalização nas ruas durante todo período estipulado no edital, de 27 de janeiro a 18 de fevereiro, para que não haja desrespeito às regras previstas no edital (disponibilizado no link https://pbh.gov.br/carnaval). Uma delas, por exemplo, proíbe a locação de ambulantes na dianteira dos blocos.
O número de ambulantes interessados em uma vaga ficou abaixo da expectativa de Aluizer Malab, presidente da Belotur, que havia imaginado 13 mil cadastrados, mas agrada a pessoas como a comerciante Ana Lúcia Linhares, que se cadastrou para vender bebidas no primeiro dia de inscrições e reclamou da concorrência do ano passado. “Participei no ano passado. A concorrência é grande, os vendedores se amontoam nos blocos, praticam preços diferentes, mas vamos ver se ano que vem melhora com uma distribuição mais planejada de ambulantes”, disse.
O número é quase 6% maior que no carnaval de 2017, quando 9 mil ambulantes foram credenciados. Também representa um salto em relação a 2016, quando 3,4 mil foram cadastrados.
REGRAS – Como de praxe, a venda de bebidas em doses ou em garrafas de vidro e de alimentos também é proibida, segundo o edital que norteia os ambulantes. Já sobre os preços cobrados pelos produtos, Malab informou que o que vale é a liberdade de mercado. Já sobre a distribuição dos ambulantes e o corre-corre que costuma gerar confusão e atropelo durante a passagem dos blocos, o presidente disse que prevê mudanças. “A distribuição a gente está melhorando. Vamos ter nossos pontos mais bem distribuídos para facilitar não só a compra, a um preço acessível, mas também para que não precise ter uma carga muito grande em cima dos ambulantes”, detalhou quando o processo foi aberto. “(Trabalhamos) para que, ao longo do percurso dos desfiles, eles possam ter acesso aos pontos estratégicos e não precisem carregar (os produtos)”, explicou.
EXPECTATIVA – Ainda segundo a Belotur, 3,6 milhões de foliões são esperados no carnaval 2018 que já conta com mais de 500 blocos cadastrados. “A expectativa é de quase 700 desfiles, já que alguns acabam fazendo mais de uma exibição. Nós não nos desligamos desde o carnaval de 2017, seguimos trabalhando ao longo do ano para manter a linha de organização”, disse o presidente recentemente.
Na última semana, a prefeitura anunciou que a folia momesca 2018 já tem patrocínio garantido: a empresa Do Brasil Projetos e Eventos, que pretende ativar durante a folia as marcas Skol e Uber, apresentou proposta de patrocínio de R$ 3,5 milhões, mais o custeio de um conjunto de serviços e estruturas necessárias para a realização da festa, em acordo acertado com a PBH. “Neste ano, o aporte foi de R$ 1,5 milhão. Os recursos financeiros são mais que o dobro de 2017 e o dinheiro será revertido em estrutura e segurança do folião”, comentou Malab na ocasião. Novidade é que os ambulantes poderão vender bebidas de quaisquer marcas durante os cortejos de blocos de rua. Já nos bares de palcos oficiais da PBH e desfiles de escolas de samba e blocos caricatos a venda será exclusiva dos produtos do patrocinador.
ABRE ALAS
Carnaval 2018 em Belo Horizonte
Período:
de 27 de janeiro a 18 de fevereiro
Patrocínio:
R$ 3,5 milhões
Atrações tradicionais:
desfiles de escolas e blocos caricatos
Blocos de rua:
Mais de 500
Ambulantes inscritos:
9,5 mil
Expectativa de público:
3,6 milhões de foliões
