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Estado de Minas

Acusado de ser mandante de chacina se diz arrependido, diz polícia

Adriano Chafik Luedy, de 50 anos, foi preso em Salvador e transferido para Minas Gerais nessa sexta-feira. Ele foi encaminhado para um presídio em São Joaquim de Bicas, na Grande BH


postado em 16/12/2017 06:00 / atualizado em 16/12/2017 11:36

O fazendeiro foi apresentado nessa sexta-feira pela Polícia Civil(foto: Polícia Civil/Divulgação)
O fazendeiro foi apresentado nessa sexta-feira pela Polícia Civil (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Preso em Salvador na manhã de quarta-feira, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, de 50 anos, condenado a 113 anos de prisão pela chacina ocorrida no Acampamento Terra Prometida, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, em 2004, foi apresentado nessa sexta-feira pela Polícia Civil e encaminhado ao presídio São Joaquim de Bicas 1. Ele se negou a falar com a imprensa, mas, ao delegado, se disse arrependido pelo que chamou de “incidente” que provocou cinco mortes e deixou 17 pessoas feridas.

O empresário foi preso ao sair de um flat de luxo, no Centro de Salvador, conduzindo um carro que pertence a sua mãe. Ele não ofereceu resistência. Chafik estava foragido desde 2013, quando recebeu habeas corpus e passou a mudar de endereços de maneira constante. Segundo o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Emerson Morais, encarregado de conduzir as investigações de captura, foram três meses de investigação.

Segundo o delegado o acusado é proprietário de fazendas em Itajuípe, Ilhéus e Itabuna, de vários imóveis de alto padrão, e de um shopping em Salvador, de onde passou a conduzir seus negócios. Também a frequência a praias badaladas e restaurantes requintados deixou alguns rastros que ajudaram em sua prisão.

Em depoimento ao delegado, Chafik se disse arrependido pelas vidas perdidas e atribuiu a um “incidente” as cinco mortes e 17 feridos no acampamento. Segundo o depoimento, ele se dirigiu à fazenda para tentar “um diálogo” e um de seus seguranças disparou a arma, “por acidente”, resultando em descontrole total dos demais que também passaram a atirar.

A fazenda Nova Alegria pertencia ao avô de Chafik, que viera do Líbano no início do século. Com 1.300 hectares, teve uma gleba considerada improdutiva e foi ocupada pelo MST. Segundo o delegado, Chafik alegou que os ocupantes do terreno estariam saqueando suas as terras, o que o teria motivado a procurá-los para uma “conversa”. (EG)


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