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Estado de Minas

Condenado a 113 anos de cadeia, fazendeiro é preso e encaminhado para São Joaquim de Bicas

O empresário foi preso no momento em que saia de um flat de luxo, no centro de Salvador, conduzindo um carro que pertence a sua mãe. Ele não ofereceu resistência


postado em 15/12/2017 22:50

(foto: Elian Guimarães/EM/DA Press)
(foto: Elian Guimarães/EM/DA Press)
Preso em Salvador, na manhã de quarta-feira, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy, 50 anos, condenado a 113 anos de prisão pela chacina ocorrida no Acampamento Terra Prometida, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, em 2004, foi apresentado ontem pela Polícia Civil e encaminhado ao presídio São Joaquim de Bicas 1.

O empresário foi preso no momento em que saia de um flat de luxo, no centro de Salvador, conduzindo um carro que pertence a sua mãe. Ele não ofereceu resistência. Chafik estava foragido desde 2013, quando recebeu habeas corpus e passou a se mudar de maneira constante de endereços. Segundo o delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Emerson Morais, encarregado de conduzir as investigações de captura, foram três meses de investigação, envolvendo vários setores da polícia civil e seu serviço de inteligência.

Sua fuga para a Bahia já havia sido detectada pela Polícia Civil. Segundo o delegado o acusado é proprietário de fazendas em Itajuipe, Ilheus e Itabuna, e de vários imóveis de alto padrão, e um shopping em Salvador de onde passou a conduzir seus negócios. Também a frequência a praias badaladas e restaurantes requintados deixou alguns rastros que ajudaram em sua prisão.

Em depoimento ao delegado, Chafik se disse arrependido pelas vidas perdidas e atribuiu a um “incidente” as cinco mortes e 17 feridos no acampamento. Segundo o depoimento, ele se dirigiu à fazenda para tentar “um diálogo” e um de seus seguranças disparou a arma, “por acidente”, resultando em descontrole total dos demais que também passaram a atirar. Ele não quis prestar nenhuma declaração diante da imprensa.

A fazenda Nova Alegria pertencia ao avô de Chafik, que viera do Líbano no início do século. Com 1.300 hectares, teve uma gleba considera improdutiva e foi ocupada pelo MST. Segundo o delegado, Chafik alegou que os ocupantes do terreno estariam saqueando as terras do fazendeiro, o que o teria motivado a procurá-los para uma “conversa”.


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