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Estado de Minas

Advogado que espancou ex-namorada no Buritis será julgado por tentativa de homicídio

Vítima levou socos, chutes e pisões na portaria do prédio em que morava


05/12/2017 18:00 - atualizado 05/12/2017 20:48

O advogado Demétrio Antônio Vargas de Mattos, de 45 anos, preso em abril por espancar a ex-namorada, será levado a júri popular pela tentativa de homicídio de sua ex. A sentença de pronúncia do juiz Ricardo Sávio de Oliveira foi anunciada pelo Ministério Público (MP), nesta terça-feira, e a data do julgamento ainda será marcada.

A agressão aconteceu na portaria do prédio no qual a vítima mora, no Bairro Buritis, RegiãoOeste de Belo Horizonte, em abril deste ano. A assistente de escritório Kely Loyola Pereira, de 41, levou diversos socos e chutes no rosto depois de decidir terminar o relacionamento com o advogado. Ela foi levada inconsciente para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde ficou internada por três dias.

Em entrevista à reportagem do em.com.br, Isabel Araújo Rodrigues, advogada da vítima, contou que Kely resolveu terminar o namoro de quase um ano, devido ao comportamento violento do companheiro. “Ela já vinha percebendo o comportamento agressivo e ciumento dele. Eles discutiram pelo telefone e ela decidiu romper o namoro. Mas, ele pediu para buscar alguns pertencentes dele no apartamento dela”, contou. 


De acordo com o MP, a denúncia consta que o advogado derrubou Kely com uma rasteira, desferindo chutes e pisões em sua cabeça. “Ela caiu na calçada e ele começou a agredi-la com vários socos e chutes na região do rosto. Os vizinhos contaram que viram Demétrio imobilizando-a pelo pescoço para agredi-la”, disse a advogada da vítima. Ela ainda conta que o homem é lutador de Muay Thai. Ao ouvir seus gritos de socorro, os moradores do bairro socorreram a vítima e acionaram a polícia. Demétrio fugiu do local em um carro, mas foi preso dias depois na casa de sua mãe, no Centro da capital.

Casos recorrentes

A cada hora, 15 mulheres são vítimas de estupros, torturas, espancamentos, humilhações, homicídios, roubos e outras formas de agressão no ambiente doméstico e familiar em Minas Gerais. E o perigo é maior justamente nas companhias de quem elas deveriam se sentir seguras, já que 43% dos agressores são os próprios companheiros ou namorados das vítimas.

Nos últimos três anos, foram quase 388 mil ocorrências registradas por crimes relacionados à violência ligada ao gênero no estado: sexual, física, moral, psicológica e patrimonial. Os dados fazem parte do Diagnóstico da Violência Doméstica e Familiar em Minas Gerais, divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie


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