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Estado de Minas BH 120

Reforma da Praça Leonardo Gutierrez depende da liberação de verbas

Fundada na década de 1970, Praça Leonardo Gutierrez aguarda verbas da PBH para reforma. Revitalização do espaço, redutores de velocidade no entorno e arborização estão nos planos


postado em 28/11/2017 06:00 / atualizado em 28/11/2017 07:55

Projeto antigo, o espaço mostra sinais de desgaste. Recado em árvore resume:
Projeto antigo, o espaço mostra sinais de desgaste. Recado em árvore resume: "A praça pede socorro" (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
“É uma praça que precisa da definição melhor dos espaços de convivência e lazer, com uma parte destinada às crianças e outra que possa receber eventos. Há muito tempo se discute uma obra de requalificação completa, mas ainda não aconteceu”. A frase do chef de cozinha e arquiteto José Eugênio da Silva Júnior, de 46 anos, que há 44 mora no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte, e leva os filhos Marcelo, de 9, e Guilherme, de 6, toda semana à Praça Leonardo Gutierrez, fundada na década de 1970, principal área de convivência do bairro, resume bem o sentimento dos moradores com relação ao espaço. A população local quer uma reforma, com a modernização total da área de lazer, considerada antiga e sem manutenção, o que já está previsto desde 2011, quando venceu entre as opções apontadas pelo Orçamento Participativo (OP). A boa notícia é que a Prefeitura de BH dá sinais, segundo os moradores, de que a intervenção pode sair do papel.

Em 13 de novembro foi realizada audiência pública sobre a situação da praça e os representantes do poder público disseram que o assunto será levado ao prefeito Alexandre Kalil (PHS), conforme o líder comunitário do Bairro Gutierrez, Wellington Luiz de Medeiros. Ele participou da reunião e disse que a PBH aguarda a liberação de recursos, por meio de um convênio com o Banco do Brasil para aplicar nas obras atrasadas do OP, e a Praça Leonardo Gutierrez é uma das candidatas. Enquanto isso, o chef de cozinha José Eugênio continua levando os filhos para o local. As crianças também apontam problemas. “O chão não é liso e tem muito morro”, diz o mais velho, Marcelo, de 9, que se refere às imperfeições causadas pelo estufamento do piso. “Tem muito graveto e pedra e tem que fazer um chão novo”, completa o mais novo, Guilherme, de 6. José Eugênio acrescenta que essa situação impede que crianças usem a praça com mais frequência para andar de bicicleta ou de skate. Ele também lembra que muitos eventos ocorrem no local, até devido à presença de uma igreja católica na praça, e, por isso, o ideal é pensar em alguma forma que consiga atender bem a todas as demandas, como o lazer e os eventos.

A situação da Praça Leonardo Gutierrez aponta para um projeto antigo, com espaços desgastados e sem uma manutenção frequente. A reportagem do EM observou alguns problemas, além das imperfeições do piso, como muretas trincadas e quebradas, brinquedos de madeira velhos, falta de peças nesses brinquedos, lixeiras deterioradas, lixo fora do recipiente adequado, pichações e também recados colocados pelos moradores nas árvores. Em um deles, o sinal decreta: “A praça pede socorro”. A professora Magda Costa, de 70, passeia com frequência com seu cachorro e reclama da situação que ela considera de abandono. “Acho que aqui tem que ter um projeto mais moderno, de uma praça mais limpa e com brinquedos novos, porque os que têm aqui são arcaicos. Considero esta praça ultrapassada. Não temos boa manutenção nem guardas municipais”, afirma.

ACADEMIA O líder comunitário Wellington Luiz diz que a população quer uma praça que todos possam frequentar com tranquilidade. Ele aponta a necessidade da instalação de uma academia a céu aberto da PBH para incentivar a prática de esportes no bairro, que é muito marcado pela presença de idosos. “Na audiência pública de 13 de novembro, pedimos prioridade, por ser um bairro central da cidade com muitos idosos e uma demanda da comunidade querendo melhorias”, afirma Wellington. Ele diz que ouviu de representantes da PBH que o assunto será levado ao conhecimento do prefeito Alexandre Kalil e assim que houver a liberação de recursos esperados pela administração municipal, ele pode entrar na pauta. “É uma praça que está há muito tempo sem arrumar e uma melhoria certamente vai fazer com que os moradores possam usufruir mais”, afirma.
(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

O administrador da Regional Oeste de BH, Gelson Leite, confirmou que a requalificação da praça já está prevista no Orçamento Participativo da prefeitura. “O projeto foi finalizado e a prefeitura, agora, vai fazer uma intervenção”, disse. Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Belo Horizonte informou que o espaço “receberá revitalização, redutores de velocidade no entorno e arborização”, mas não informou quando isso ocorrerá. “Quando assumiu a administração, a atual gestão identificou 420 obras paralisadas em toda a cidade, entre elas empreendimentos escolhidos em diversas edições do Orçamento Participativo de anos anteriores. No plano de obras definido no início deste ano está previsto que, até 2020, serão feitos investimentos de R$ 1,6 bilhão nas áreas de infraestrutura, habitação e urbanização, inclusive com a retomada das obras paralisadas. A prefeitura disponibilizou ainda R$ 60 milhões para investir em obras aprovadas em Orçamentos Participativos (OP) passados e ainda não iniciadas”.

A praça é um dos pontos de entretenimento do bairro. Ponto de encontro para passeios familiares, a praça está localizada no entrocamento de várias ruas e em frente a Igreja Santíssima Trindade. Ao seu redor, encontram-se bares e restaurantes, que aumentam o movimento local. *Estagiário sob supervisão da subeditora Rachel Botelho


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