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Estado de Minas

Pente fino em caminhões abre ações contra acidentes no Anel Rodoviário

Inspeção rigorosa de caminhões será a primeira medida para reduzir acidentes no trecho. Restrição ao tráfego de veículo pesado deve ser adotada até março, após audiência pública


postado em 23/11/2017 06:00 / atualizado em 23/11/2017 08:33

Caminhões trafegam no Anel Rodoviário de BH: intenção do grupo de trabalho criado pela prefeitura é que veículos sejam inspecionados antes de entrar no trecho(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Caminhões trafegam no Anel Rodoviário de BH: intenção do grupo de trabalho criado pela prefeitura é que veículos sejam inspecionados antes de entrar no trecho (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Pente fino nos caminhões e restrição a veículos pesados no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Essas são as medidas iniciais definidas, ontem, durante a primeira reunião do grupo de trabalho criado por iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) com a missão de reduzir a quantidade de acidentes e mortes na via, no projeto Aliança para a vida. Embora sem data definida para implantação, a inspeção veicular será aplicada de imediato, segundo a administração municipal. Também ontem, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) a homologação da empresa vencedora da licitação de reboque pesado para remoção de veículos no Anel.

Na inspeção, serão verificadas as condições de freios, motor e toda a parte mecânica de caminhões antes mesmo de eles pegarem a rodovia. “Não vamos fazer no próprio Anel, porque vai atrapalhar. Mas podemos fazer perto de Sete Lagoas, no trevo de Ouro Preto (Região Central), onde as condições físicas da área permitam inspecionar com segurança. Essa é uma ação que pode ser feita de forma imediata e por meio da qual já se conseguem resultados”, afirmou o presidente da BHTrans, Célio Bouzada.

Já a restrição está prevista para o primeiro trimestre do ano e vai atingir o trecho que compreende o Bairro Olhos D’água (Região do Barreiro) até a Avenida Amazonas (Região Oeste). Para ser implantada, a medida depende de audiência pública, que tem duração de 90 dias. E o início dela é condicionado a um rito legal. Nela, serão colhidas informações que permitirão definir o perfil dos veículos que sofrerão o impedimento de circular e o horário. De acordo com Bouzada, a decisão caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pelo trecho. “Estatísticas apontam o horário da tarde com o maior índice de acidentes e com maior gravidade, mas não necessariamente será só esse. É possível estender o horário, que pode ser em dias da semana alternados. Estudos, a audiência e a sociedade vão ajudar a definir isso”, disse o presidente.

Ele informou que já foram mapeados todos os postos de gasolina ao longo do Anel e das BRs onde os caminhoneiros podem parar e descansar. “Todo operador logístico sabe que tem uma hora para entregar a carga e, logo, a hora que deve sair da origem dele. Assim, vai incluir no programa o horário (da restrição) e do descanso. É do interesse do postos ter esse pessoal lá, pois eles consomem, abastecem. É uma parceria de ganha-ganha. E o próprio motorista ganha, pois ele vai evitar acidentes em que põe em risco a própria a vida”, disse. “Também é importante para os atores econômicos, pois o Anel parado por um dia ou meio dia prejudica toda a cadeia econômica do estado.”

Na terça-feira, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou que a formação do grupo e as propostas eram “o primeiro passo para acabar com a matança no Anel Rodoviário”. O grupo também vai definir onde ficarão as praças de fiscalização e educação. “Vamos fazer, ao longo do trecho, paradas anteriores para não precisar multar o motorista. Nós não queremos puni-lo, mas sim que ele não trafegue lá”, relatou. Bouzada garantiu que há efetivo suficiente para as fiscalizações, tanto do lado da Polícia Militar quanto da Polícia Rodoviária Federal e que a prefeitura terá o papel de coordenar o plano. “Está faltando engenharia de obra, que não é neste momento, e um pouco de operação para tirar uma parte da causa dos acidentes, que são os caminhões. Todos os atores, inclusive a Via 040 (concessionária responsável pelo Anel), se comprometeram com o projeto”, contou.

O segundo passo são as obras de engenharia, entre elas a construção de áreas de escape. O presidente da BHTrans garantiu que não haverá cobrança de pedágio e que a PBH assumiu o compromisso de fazer as intervenções da próxima etapa. A princípio, elas vão contar com investimentos do próprio município.


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