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Estado de Minas

Polícia apura ato de vandalismo que destruiu estátua de tigre na Praça da Estação em BH

Obra já sofreu ataque em 2014, quando casal de adolescentes foi apreendido depois de colocar fogo em réplica que é feita de resina imitando mármore. Apesar de não ser original, destruição é dano ao patrimônio público


postado em 18/09/2017 22:03 / atualizado em 18/09/2017 23:27

No local sobrou apenas o pedestal da réplica que foi instalada em 2007 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
No local sobrou apenas o pedestal da réplica que foi instalada em 2007 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

A Polícia Civil está investigando o ato de vandalismo que destruiu uma das duas réplicas de estátuas de tigres do conjunto arquitetônico da Praça Rui Barbosa, conhecida como Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte. Imagens de câmeras de segurança podem revelar o autor ou responsáveis pelos danos. Alvo de constantes ataques, principalmente pichadores, em outubro de 2014 a réplica já havia sofrido uma depredação de maior porte, ao ser incendida por um casal de adolescentes.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial (SMSEG), durante a ronda dos guardas municipais na área, foram constatados os danos à estátua, que foi arrancada de seu pedestal e quebrada. Como não foram encontradas testemunhas que pudessem passar informações que ajudassem na apuração, foi confeccionado um boletim de ocorrência registrado numa delegacia da Polícia Civil.

Apesar de as investigações ficarem a cargo da polícia judiciária, uma equipe da Guarda Municipal está encarregada de averiguar as imagens gravadas pelo Centro de Operações (COP) da Prefeitura de Belo Horizonte, na tentativa de encontrar registros do ato de vandalismo. No COP-BH chegam imagens de várias câmeras de instituições públicas de segurança, como do Olho Vivo e de monitoramento do trânsito da BHTrans.

Na Praça Rui Barbosa destacam-se três conjuntos de estátuas em mármore, um representando as quatro estações, outro dois leões e dois tigres e um terceiro de Ninfas, situado numa fonte. As estátuas são réplicas de um conjunto de 10 obras colocadas na praça nos primeiros anos da cidade e cujas versões originais, devido ao vandalismo, estão em locais seguros.

Do outro lado da praça, ao centro de uma esplanada, há o Monumento à Civilização Mineira (Terra Mineira), obra do escultor italiano Giulio Starace, inaugurado em 1930, em granito, com placas, em bronze, alusivas a fatos importantes da história de Minas, com uma estátua de uma figura masculina empunhando uma bandeira, do mesmo metal. Fazem parte do acervo arquitetônico da Praça da Estação a Serraria Sousa Pinto, o Museu de Artes e Ofícios e os viadutos de Santa Teresa e da Floresta.

Em 1926, a prefeitura começou a se preocupar com o embelezamento artístico dos jardins belo-horizontinos. Era prefeito, naquele ano, o Dr. Flávio dos Santos. Uma das lembranças de sua gestão é constituída hoje nos trabalhos de escultura, representando dois tigres e dois leões, ambos colocados nos jardins da praça Rui Barbosa, reinaugurada em 6 de setembro de 1926, após uma remodelação radical da antiga praça, inaugurada em 4 de setembro de 1906.

Com pequenos danos, a segunda réplica foi mantida e necessita de pequenos reparos(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Com pequenos danos, a segunda réplica foi mantida e necessita de pequenos reparos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

Nos anos 1980, a Avenida dos Andradas foi ampliada e seis das estátuas foram retiradas. Dois leões foram para um dos jardins da Fundação Zoo-Botânica, na Pampulha, e duas imagens de pessoas, representado estações do ano, foram para a Praça Afonso Arinos, no Centro. Outras duas, para os jardins do Palácio da Liberdade.

Em 2007, a Praça Rui Barbosa foi revitalizada e voltou ao tamanho original. O paisagismo estilo francês dos anos 20 foi refeito e o espaço recebeu as 10 réplicas. Peças originais também podem ser vistas no Museu de Artes e Ofício, do outro lado da Praça Rui Barbosa, e no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iepha).


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