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Estado de Minas

Cruzeiro da Barra é restaurado e volta à paisagem de Ouro Preto

Monumento tinha sido quebrado por dois adolescentes e abandonado, mas agora retorna para a celbração da Exaltação à Santa Cruz


postado em 14/09/2017 06:00 / atualizado em 14/09/2017 07:54

Restaurado após dois anos relegado ao abandono, o cruzeiro foi abençoado na reinauguração(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS - 18/08/2017)
Restaurado após dois anos relegado ao abandono, o cruzeiro foi abençoado na reinauguração (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A PRESS - 18/08/2017)
Ouro Preto – A celebração da Exaltação à Santa Cruz contará hoje na paisagem barroca da cidade reconhecida como patrimônio da humanidade com um marco religioso e cultural totalmente restaurado. Foi reinaugurado em Ouro Preto, na Região Central, o Cruzeiro da Barra, que, há dois anos, foi quebrado por dois adolescentes e relegado ao abandono. “A cruz é um sinal de salvação da humanidade e presente em vários pontos de Ouro Preto”, diz o cônego Luiz Carneiro, titular da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, ao abençoar o monumento.

O secretário municipal de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni Moreira, explica que o monumento localizado na Praça Amadeu Barbosa, de autoria do mestre José Raimundo Pereira, o mestre Juca, e constituído por cantaria, espécie de rocha bruta, tem grande representatividade para o município, já que, no local, ficava a Coluna Saldanha Marinho, o primeiro marco em homenagem aos inconfidentes e atualmente instalado na Praça Cesário Alvim ou Praça da Estação. “A relevância também se deve ao fato de a base ser do século 20 e a cruz do século passado.”

Moradores e visitantes gostaram de ver o monumento de volta. “Ficou ótimo, excelente, e é mais um atrativo para os turistas”, o fiscal da feira de hortifrutigranjeiros, que funciona na Barra, Marcelo da Silva. Em duas épocas do ano, o cruzeiro é alvo de homenagens dos católicos: na Festa de Santa Cruz, em Maio, e 14 de setembro, na Exaltação à Santa Cruz, conforme disse o cônego Luiz Carneiro na reinauguração, em 18 de agosto.

RESTAURO Construído em pedra-sabão e com quatro metros de altura em sua totalidade, o cruzeiro foi restaurado, e teve partes danificadas reproduzidas, com recursos municipais. O serviço foi entregue ao mestre canteiro Edniz José Reis, o que incluiu ainda limpeza, higienização e revitalização. Para garantir a segurança do bem e impedir novos atos de vandalismo ao patrimônio público, como o ocorrido há mais de dois anos e que deixou os braços da cruz quebrados, a Secretaria de Cultura e Patrimônio pediu o monitoramento pelas polícias Militar e Civil e. atenção redobrada. Segundo as autoridades, o cruzeiro ficou relegado ao abandono desde a agressão.

Para entender mais sobre a história de Ouro Preto, cujo Centro Histórico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é importante lembrar que a coluna Saldanha Marinho foi erguida há 150 anos na Praça Tiradentes. Trata-se de um símbolo da Inconfidência Mineira, que homenageia Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, e os demais integrantes do movimento que tentou separar o Brasil de Portugal. Construída em pedra de cantaria, com seis metros de altura, e batizada com o nome do então presidente da província de Minas Gerais, a coluna tem trajetória peculiar, que alterna transferências de local com o sumiço que intrigou, durante décadas, moradores e estudiosos. Só em Belo Horizonte, ela ficou jogada num depósito por quase quatro décadas. Desde 2009, está na Praça da Estação.


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