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Estado de Minas

Monumento de Ouro Preto que teve laterais quebradas será reinstalado

O Cruzeiro da Barra será entregue no dia 17, após trabalho de recuperação. Prefeitura pede que local seja monitorado pela PM


postado em 05/08/2017 06:00 / atualizado em 05/08/2017 07:47

(foto: Divulgação Prefeitura Ouro Preto)
(foto: Divulgação Prefeitura Ouro Preto)
No próximo dia 17, dedicado ao Patrimônio Histórico Nacional, Ouro Preto terá de volta um monumento com partes dos séculos 19 e 20. Depois de ausente da paisagem barroca, vítima de dois adolescentes que quebraram as laterais, o Cruzeiro da Barra, em pedra-sabão e com quatro metros de altura em sua totalidade, poderá ser contemplado por moradores e visitantes, depois de restaurado. Na cidade, este mês é dedicado ao patrimônio, com uma série de atividades culturais.


Segundo o secretário municipal de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni Moreira, o Cruzeiro da Barra tem grande representatividade para o município, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade. No local, ficava a Coluna Saldanha Marinho, primeiro monumento em homenagem aos Inconfidentes e atualmente instalado na Praça Cezário Alvim ou Praça da Estação.

E mais: o cruzeiro é de autoria do mestre José Raimundo Pereira, o mestre Juca, e constituído por cantaria, espécie de rocha bruta. “A relevância também se deve ao fato de a base ser do século 20 e a cruz do século passado”, acrescenta o secretário.

O trabalho de restauro, e reprodução e reprodução das peças danificadas, com recursos municipais, foi entregue ao mestre canteiro Edniz José Reis. O serviço incluiu ainda limpeza, higienização e revitalização. Para garantir a segurança do bem e impedir novos atos de vandalismo ao patrimônio público, como a ocorrida há mais de dois anos e que deixou os braços da cruz quebrados, a Secretaria de Cultura e Patrimônio propõe o monitoramento pelas polícias Militar e Civil e pede atenção redobrada. Segundo as autoridades, o cruzeiro ficou relegado ao abandono desde a agressão.

Para entender mais sobre a história de Ouro Preto, cujo Centro Histórico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), é importante lembrar que a coluna Saldanha Marinho foi erguida há 150 anos na Praça Tiradentes. Trata-se de um símbolo da Inconfidência Mineira que homenageia Joaquim José da Silva Xavier (1746-1792), o Tiradentes, e os demais integrantes do movimento que tentou separar o Brasil de Portugal.

Construída em pedra de cantaria, com seis metros de altura, e batizada com o nome do então presidente da província de Minas Gerais, a coluna tem trajetória peculiar, que alterna transferências de local com o sumiço que intrigou, durante décadas, moradores e estudiosos. Só em Belo Horizonte, ela ficou jogada num depósito por quase quatro décadas. Desde 2009, está na Praça da Estação.

Dia do patrimônio


O dia 17 de agosto, comemorado nacionalmente, terá ações em várias capitais, incluindo Belo Horizonte. A data é também uma homenagem ao belo-horizontino Rodrigo Melo Franco de Andrade. Advogado (1898-1969), jornalista, escritor e primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A data é comemorada desde 1998, quando o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) completaria 100 anos.

Rodrigo Melo Franco foi contemporâneo de grandes nomes do cenário nacional, como Cândido Portinari, Manuel Bandeira e Mário de Andrade, redator-chefe e diretor da Revista do Brasil e, na política, chefe de gabinete de Francisco Campos, no Ministério da Educação e Saúde Pública, criado em 1930, no governo Getúlio Vargas.

Durante a gestão de Gustavo Capanema no Ministério (1934-1945), Rodrigo participou do grupo de artistas e intelectuais modernistas, quando se tornou o maior responsável pela consolidação jurídica do tema Patrimônio Cultural no Brasil e criação do Iphan em 1937, tarefa que desempenhou até 1967.

 

Caeté recebe salão do turismo religioso

No período de 1º a 3 de setembro, será realizado na Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o 2º Salão Nacional do Turismo Religioso, como parte da programação dos 250 anos de romaria ao topo do maciço, onde se encontra a ermida com a imagem da padroeira de Minas, Nossa Senhora da Piedade. O local é ponto de partida do Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), que vai até Aparecida (SP). Na programação, conferências, oficinas e atividades temáticas sobre a rota. Inscrições e informações: www.santuarionsdapiedade. org.br ou (31) 3651-6335.


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