Em meio a protestos dos camelôs, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) faz o sorteio de vagas temporárias para instalar camelôs em shoppings populares da capital. Pelo quarto dia consecutivo, ambulantes contrários à proposta mantêm a rotina de manifestações pelas ruas do Hipercentro. Um grupo tomou conta da Rua São Paulo, entre avenidas Amazonas e Afonso Pena, complicando o trânsito no local. Policiais e homens do Batalhão de Operações Especiais negociaram para liberar a via, mas depois da negativa dos manifestantes, a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar a aglomeração.
A Rua São Paulo foi isolada pelos militares, que tentam evacuar o local. Dois micro-ônibus da PM estão estacionados na via, entre Avenida Amazonas e Rua Carijós, com militares prontos pra agir, caso necessário. Um contingente da Guarda Municipal também está posicionado na esquina da Carijós com São Paulo.
Parte dos vendedores de rua rejeitam a solução apresentada pela PBH. Cerca de 30 deles acompanharam o sorteio no auditório da Belotur. Na porta do prédio, na Rua da Bahia, tambem havia movimento de ambulantes, que se revezaram para acompanhar o sorteio das vagas. Lojas foram fechadas nas ruas São Paulo e Carijós e no quarteirão da Praça Sete, entre Afonso Pena e São Paulo. Os comerciantes do entorno garantiram à reportagem do em.com.br que os ambulantes da manifestação nunca foram vistos na região.
O sorteio envolveu 1.547 lugares, sendo 871 no Uai O Ponto, na Avenida Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, e 676 no Uai, próximo à rodoviária, no Centro. De acordo com a secretária Municipal de Serviços Urbanos, Maria Caldas, dia 14, próxima sexta-feira, é o prazo máximo para os 1.134 ambulntes cadastrados estarem nos centros de compras.
Os primeiros lugares começam a ser ocupados já na terça-feria, e os comerciantes informais poderão trabalhar com pagamento de aluguel mensal de R$ 30, ou R$ 1 diário. O sorteio ocorreu no auditório da Belotur.
Os primeiros lugares começam a ser ocupados já na terça-feria, e os comerciantes informais poderão trabalhar com pagamento de aluguel mensal de R$ 30, ou R$ 1 diário. O sorteio ocorreu no auditório da Belotur.
Além da insatisfação dos camelôs, a proposta da PBH também é rejeitada por estabelecimentos. Dos seis maiores centros de compras populares ouvidos ontem pelo Estado de Minas, quatro não se interessaram pela iniciativa.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie