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Estado de Minas

Parque da Serra do Curral será reaberto amanhã depois de três meses fechado

Espaço que fica num dos mais belos cartões-postais de Belo Horizonte foi fechado como medida de prevenção contra a febre amarela, atendendo recomendação da Secretaria Municipal de Saúde


postado em 29/05/2017 19:27 / atualizado em 29/05/2017 19:55

Parque volta a funcionar de terça a domingo das 8 às 17h, como entrada limite às 16h(foto: Vander Brás/PBH/Divulgação)
Parque volta a funcionar de terça a domingo das 8 às 17h, como entrada limite às 16h (foto: Vander Brás/PBH/Divulgação)
As visitas ao Parque da Serra do Curral serão retomadas nesta terça-feira, a partir das 8h, depois de fechado por 96 dias. No final de fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) recomendou o fechamento do espaço, em ação para prevenir o risco de contaminação pela febre amarela, já que macacos foram encontrados mortos em matas na região.

Afastados os risco da doença, o parque volta a funcionar de terça-feira a domingo das 8h às 17h, com horário limite para entrada até as 16h. É bom lembrar, aos visitantes, principalmente os turistas, que diante das condições climáticas adversas, com chuvas, raios, baixa visibilidade, ventos fortes e risco de deslizamentos), o espaço pode ser fechado mais cedo, a critério da administração, para garantir a segurança dos usuários.

Durante o tempo em que ficou fechado, o parque recebeu as manutenções regulares, como poda, capina e limpeza, e também pequenos reparos em suas estruturas, como troca de telas e melhorias no portão e guarita. A trilha Travessia da Serra do Curral, caminhada que percorre o alto do paredão da serra ainda não tem previsão de ser retomada.

De acordo com a Fundação de Parques Municipais, vistorias técnicas estão sendo realizadas ao longo do percurso para garantir a segurança dos usuários. Também estão em andamento estudos sobre o impacto ambiental no trajeto, onde foi localizada uma população de cactos da espécie Arthrocereus glaziovii, hoje ameaçada de extinção.

Inaugurado em setembro de 2012, o parque é um local próprio para contemplação, contato com a natureza e prática de atividades físicas. Com a função primeira de proteger a Serra do Curral, patrimônio nacional tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e símbolo da capital, o espaço oferece aos visitantes uma vista privilegiada da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O parque, que tem uma área aproximada de 400 mil metros quadrados, na Avenida José do Patrocínio Pontes, conta com 10 mirantes distribuídos por seus quatro mil metros de extensão, de onde o visitante pode identificar pontos turísticos da cidade e aspectos naturais de seu entorno, como a Lagoa da Pampulha, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, a Avenida Afonso Pena, o Estádio Mineirão, o Museu de História Natural e o Jardim Botânico da UFMG, o Pico do Itabirito, a Serra da Piedade, o Morro do Pires, o Morro do Elefante, o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, dentre outros.

Fauna e flora preservada em 400 mil metros quadrados

O Parque da Serra do Curral apresenta formação típica do conjunto que compõe o Quadrilátero Ferrífero e está situado em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Sua cobertura vegetal é representada pelos campos rupestres, que ocorrem nas áreas rochosas da crista da serra, e, principalmente, pelas fisionomias típicas do Cerrado, como o campo limpo, o campo sujo e o campo cerrado, que se sucedem gradativamente da crista até a base da serra. A Mata Atlântica é mais expressiva em áreas adjacentes ao espaço, como o Parque das Mangabeiras e a Mata do Jambreiro, constituindo assim um importante corredor ecológico de vegetação preservada.

A fauna do parque é também bastante diversificada e a avifauna é a mais representativa. Nele, foram identificadas mais de 125 espécies de aves: algumas endêmicas do Cerrado, como a campainha-azul, e outras comuns em regiões de montanhas, como águia-chilena, também encontrada na Cordilheira dos Andes. Carrapateiro, coruja-da-igreja, chorozinho-de-chapéu-preto e choca-da-mata são outras espécies encontradas. Em janeiro de 2012, o falcão-cauré (Falco rufigularis), nunca antes registrado em Belo Horizonte, foi identificado no local por um grupo de observadores de aves durante uma visita técnica.

  O número limite de visitantes no parque é de 700 pessoas por dia. Atingido esse número, não é permitida a entrada de mais visitantes. O espaço fica na Praça Estado de Israel, na Avenida José do Patrocínio Pontes, 1.951, no Bairro Mangabeiras, Centro-Sul da capital. A entrada é gratuita. Informações pelo telefone 3277-8120


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