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Estado de Minas

Santa Casa de BH ameaça reduzir internações por falta de medicamentos

Reunião entre os dirigentes da instituição de saúde e o prefeito de Belo Horizonte pode impedir que medida administrativa seja adotada e hospital feche as portas para novos pacientes


postado em 04/03/2017 18:22 / atualizado em 04/03/2017 21:01

Santa Casa de BH atende 100% pacientes do SUS com mil leitos(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Santa Casa de BH atende 100% pacientes do SUS com mil leitos (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
A Santa Casa de Belo Horizonte, que hoje oferece mil leitos para atender a rede pública de saúde, pode reduzir o número de internações no começo da semana. Nesta sexta-feira, foi enviado comunicado da Diretoria de Assistência à Saúde da instituição a outras chefias informando a “redução temporária das internações”. O documento destaca que o atraso no repasse dos recurso públicos gerou o desabastecimento de medicamentos e, por isso, estão suspensos o acolhimento eletivo e de pacientes da Central de Internações do SUS e de outros hospitais.

O provedor da Santa Casa, Saulo Levindo Coelho, garantiu que a medida ainda não foi adotada. “Essa é uma situação que pode ocorrer a partir da segunda-feira. Estamos confiante de uma mudança do quadro, já que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, marcou uma reunião de urgência. Esperamos ter pelo menos um cronograma de repasse dos recursos, para podermos negociar com nossos fornecedores. Do contrário, não temos condições de receber pacientes, por falta de estoques de medicamentos”, assinalou Coelho.

O documento interno entre diretorias e chefias da Santa Casa dá entender que a ação operacional de redução de leitos está em prática desde a sexta-feira. “Pode ligar lá que vão verificar que estamos recebendo pacientes. Mas, nesta semana que entra, se não tivermos como pagar os fornecedores, não temos capacidade técnica de funcionar”, ressaltou o provedor.

A negociação direta com o prefeito, segundo Coelho, foi iniciativa do próprio governante, já que o secretário municipal de saúde está em viagem. “O município é o gestor de saúde da rede pública na capital. É ele o responsável pelos repasses que estão atrasados desde a administração municipal anterior. Já o secretário estadual de Planejamento, Helvécio Magalhães, ao tomar conhecimento da situação de desabastecimento, ligou e informou que recursos de R$ 2,7 milhões, do programa Pro-hospi, vão entrar neste mês. Mas o valor não é suficiente para quitar os débitos com os fornecedores”, explicou.

No plano operacional de redução das internações, não apenas novos pacientes não seriam recebidos. No caso de retorno clínico, somente quem recebeu alta em até três dias será readmitido no hospital. Nos casos cirúrgicos, a readmissão considera o prazo de até cinco dias pós-alta. Já a Maternidade Hilda Brandão e os serviços Santa Casa de hemodiálise, quimioterapia e transplante não são afetados pelas medidas de emergência.


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