
O delegado Flávio Grossi, da 4ª DP do Barreiro, que apurou o caso, foi quem cumpriu o mandado de prisão contra Bicalho. “A prisão preventiva foi decretada pela Justiça em favor da ordem pública, face o comportamento inadequado que ele vem apresentando, mesmo respondendo por um crime de tamanha gravidade. Nas redes sociais, ele chegou a debochar da situação”, explicou Grossi.
O delegado contou que por volta da 19h15 chegou no prédio em que o estudante mora, em companhia de sua mãe, e comunicou que havia a ordem de prisão. Rafael então pediu para aguardar a chegada de seu advogado e se entregou.
Ele foi levado para o plantão policial da Delegacia do Barreiro, para formalizar o cumprimento do mandado de prisão. Antes de ser encaminhado a um Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp), Rafael passa por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
Na fase de investigação policial, Rafael assumiu ter atacado Papini. Ele justificou que agrediu a vítima por ciúmes da relação do rapaz com sua ex-namorada. Durante as investigações, foram ouvidas 12 pessoas, entre testemunhas, vítima e suspeitos.
O advogado Thiago Martins de Almeida, que defende Rafael, considerou que a decretação da prisão preventiva não tem fundamento, já que seu cliente cooperou na fase de investigação, atendendo aos requisitos do inquérito.
O advogado lembrou que o estudante foi preso em casa, cumprindo medida protetiva contra ele, com uso de tornozeleira eletrônica. Segundo Thiago, a equipe de seu escritório vai analisar se nos próximos dias entra com pedido de habeas-corpus ou de revogação da preventiva.
RB
