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Estado de Minas

Jovem agredido em boate de BH comenta indiciamento de dois suspeitos

Rafael Batista Bicalho e Thiago Motta Vaz Rodrigues foram indiciados no inquérito. "Acho que a punição vai ocorrer e de forma justa", disse universitário Henrique Papini


postado em 11/11/2016 06:00 / atualizado em 11/11/2016 08:06

O inquérito que investiga o espancamento ocorrido na madrugada de 7 de setembro na casa de eventos Hangar 677, no Bairro Olhos D’Água, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, foi concluído com indiciamento de dois suspeitos da agressão contra o estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos. Foram indiciados Rafael Batista Bicalho, de 19 anos, e Thiago Motta Vaz Rodrigues, de 20, por tentativa de homicídio, com motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. A pena para o crime é de 12 a 30 anos de reclusão. A motivação teria sido ciúme de Rafael pela ex-namorada, com quem Henrique estava no dia do episódio. O resultado da apuração foi bem recebido pela vítima que, enquanto se recupera das sequelas do espancamento, espera agora que a punição seja cumprida.

Responsável pelo trabalho de investigação, o delegado Flávio Grossi explica que, apesar de haver outros suspeitos de participar das agressões, o trabalho comprovou que houve participação apenas de Rafael e Thiago. Durante as investigações foram ouvidas 12 pessoas, entre testemunhas, vítima e suspeitos. “Inicialmente, havia quatro suspeitos, que foram profundamente investigados. Ao longo do trabalho, concluímos, com fundamentação fática e jurídica, que somente os dois indiciados participaram do crime”, explica.

O delegado informou, ainda, que exames e imagens de circuito de segurança do entorno da casa de eventos também foram usados nas apurações. “Além dos depoimentos, analisamos laudos de lesão corporal, que constatou o risco de morte e as múltiplas lesões que a vítima sofreu. O laudo das imagens confirmou as agressões”, acrescenta. De acordo com as averiguações, os dois atacaram a vítima e, com isso, assumiram o risco de causar a morte da vítima. Dos dois suspeitos, somente Rafael admitiu ter agredido o rapaz.

PUNIÇÃO De volta a Barbacena, na Região Central de Minas, onde cursa medicina, Henrique Papini dá continuidade ao tratamento para se recuperar de uma paralisia parcial da face e da perda de audição do ouvido esquerdo, ambas consequências da agressão. Tem feito fisioterapia, acupuntura e outros tratamentos médicos, embora não esteja sendo acompanhado pelos profissionais que o assistiram em BH na época do espancamento.

Ontem, ao saber da notícia, o jovem disse ter entendido como justa a finalização do inquérito e afirmou acreditar no trabalho da polícia e da Justiça. “Acho que a punição vai ocorrer e de forma justa”, diz. Henrique contou ainda que, embora evite falar sobre o assunto, que ainda lhe é traumático, não há como esquecer o e episódio. “Penso nisso todos os dias, até mesmo pelas sequelas que ficaram e pelo tratamento que ainda tenho pela frente.” Ele disse que precisou voltar a Barbacena para não perder o semestre letivo, mas lamenta ter interrompido o acompanhamento com os médicos em Belo Horizonte. “Isso tem me causado angústia, porque ainda não me recuperei totalmente, embora os médicos digam que o processo é lento”, desabafa.


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