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Estado de Minas

Bombeiros registram alta de 82% nos incêndios em vegetação no primeiro semestre em MG

Somente nesta terça-feira, os militares foram empenhados em cinco ocorrências. O fogo também atinge ao menos três unidades de conservação do estado


postado em 09/08/2016 18:09 / atualizado em 09/08/2016 21:37

Bombeiros atenderam incêndio em vegetação no Centro de Santa Luzia(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Bombeiros atenderam incêndio em vegetação no Centro de Santa Luzia (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Mesmo antes de atingir a fase mais crítica, que se dá em setembro, os incêndios já são uma preocupação para as autoridades mineiras. Somente nos seis primeiros meses deste ano, o aumento do atendimento de queimadas em vegetações em Minas Gerais pelo Corpo de Bombeiros foi de 82% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente nesta terça-feira os militares foram empenhados em cinco ocorrências. O fogo também atinge ao menos três unidades de conservação do estado.

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, de janeiro a junho deste ano foram registradas 4.328 queimadas em vegetação em Minas Gerais. O valor é bem superior aos 2.377 chamados atendidos no mesmo período do ano passado. Nos 12 meses de 2015 ocorreram 9.809 incêndios em matas com atuação dos militares.

Como o Estado de Minas mostrou na edição desta terça-feira, o número de 2.226 focos de calor registrados no estado de janeiro até a semana passada já era 6,9% maior que a soma dos oito primeiros meses do ano passado, quando 2.081 pontos foram computados. O aumento expressivo das chamas – elevação que teve início há cerca de uma semana – também se reflete nas reservas ambientais. Até segunda-feira, a quantidade de unidades de conservação atingidas pelas chamas no estado (205) já ultrapassou o período de janeiro a agosto do ano passado, quando 198 áreas do tipo se incendiaram.

Bombeiros atenderam incêndio em vegetação no Centro de Santa Luzia(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Bombeiros atenderam incêndio em vegetação no Centro de Santa Luzia (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)


Uma das unidades de conservação que sofrem com as queimadas é o Parque Nacional da Serra da Canastra, entre São Roque de Minas e Sacramento. Mais de 55 homens trabalham nas linhas de fogo que se alastram pela unidade de conservação nesta terça-feira. A estimativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é que aproximadamente 12 mil hectares já tenham sido consumidos pelo fogo. Porém, os danos ainda serão avaliados.

O combate às chamas na Serra da Canastra, que abriga a nascente do Rio São Francisco, começou na última sexta-feira. Focos começaram em dois pontos, um na parte alta do parque e outro próximo à cachoeira Casca D´Anta. No fim de semana, as chamas se expandiram em direção ao Rio Santo Antônio. Na segunda-feira, brigadistas do ICMBio, da Floresta Nacional de Ipanema (SP) e do Prevfogo do Ibama, Grupo Ambientalista do Torto (Gat), além de militares do Corpo de Bombeiros de Uberaba, no Triângulo Mineiro, trabalharam no local. Nesta terça-feira, o combate se concentrava em duas frentes, uma na região do Rio Santo Antônio e outra na região da Zagaia. Segundo o ICMBio, 14 bombeiros, 35 brigadistas e 10 voluntários do Parque Nacional de Brasília participam das ações.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), outras ocorrências de incêndio são atendidas em duas unidades de conservação no estado. No Monumeto Natural Serra da Moeda, na Região Central de Minas Gerais, o fogo foi detectado nessa segunda-feira. O combate é feito por 12 pessoas, entre funcionários do parque e brigadistas. Três veículos 4x4 são utilizados para o transporte da equipe.

Outro incêndio é combatido no Parque Montezuma, na cidade de mesmo nome na Região Norte do Estado. Segundo a Semad, as chamas tiveram início no fim da tarde de segunda-feira. As ações são feitas por quatro funcionários da unidade, que fazem o rescaldo do fogo para evitar o retorno das chamas.

Meteorologia

Uma das situações que favorecem a incidência de queimadas é o tempo seco. Belo Horizonte e grande parte de Minas Gerais não registram chuva há pelo menos dois meses. Mas a estiagem poderá ser interrompida no fim da semana. Segundo instituto PUC Minas TempoClima, as temperaturas seguem elevadas até esta quarta na capital mineira, tendo declínio a partir de quinta-feira. Massa de ar frio atuará na cidade, deixando o tempo parcialmente nublado com possibilidades de chuvas.

 

(RG)


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