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Estado de Minas

Polícia investiga suspeita de estupro coletivo contra irmãs em Juiz de Fora

As duas garotas, de 11 e 17 anos, foram abusadas sexualmente por cinco garotos, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM)


postado em 08/08/2016 13:52 / atualizado em 08/08/2016 18:43

Uma nova suspeita de estupro coletivo contra adolescentes é investigada em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata mineira. Desta vez, o crime teria sido foi cometido contra duas irmãs, de 11 e 17 anos. Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), elas foram atraídas por um garoto menor de idade que furtou o celular da vítima mais velha dentro da escola onde estudam na cidade. O estudante teria marcado um local para entregar o aparelho. Mas quando as meninas chegaram, foram surpreendidas por cinco meninos com idade entre 11 e 17 anos, que cometeram os abusos, de acordo com relatos das garotas. Os agressores teriam filmado parte do estupro. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher abriu inquérito para apurar os fatos.

O crime teria acontecido na última sexta-feira, porém, a mãe das meninas só procurou a PM na tarde desse domingo, depois de tomar conhecimento do caso. A garota mais velha afirmou aos policiais que teve o celular roubado na escola onde estuda por um jovem de 17. O menor, segundo relatos da vítima, foi até a sala de aula e pegou o aparelho sem ela perceber. Depois, no final do turno, foi até a menina e mostrou um canivete e o celular.

A vítima informou que o adolescente disse que entregaria o celular às 14h do mesmo dia na represa Poço Dantas. A menina chamou a irmã de 11 anos e foi até o encontro do menor. Porém, ao chegar no local, segundo o boletim de ocorrência,  as duas foram surpreendidas por mais cinco garotos que, de acordo com as garotas, estavam com os rostos tampados com camisas.

O grupo abusou sexualmente das duas garotas, segundo depoimento delas à PM. Também relataram que foram agredidas. Depois, foram soltas e foram ameaçadas de morte caso delatassem o caso para os pais ou a polícia. A vítima mais velha contou para a PM que conseguiu identificar os abusadores como estudantes da escola onde ela estuda. De acordo com o boletim de ocorrência da PM, todos são envolvidos com o tráfico de drogas.

O pai das vítimas relatou que os abusos foram filmados pelos garotos e que até recebeu o vídeo do estupro de uma vizinha. As duas irmãs foram levadas para o hospital onde receberam atendimento e passaram pelos procedimentos ligados ao risco biológico e sexual. Uma perita também foi ao local para colher materiais genéticos.

Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, as duas irmãs foram ouvidas pela delegada Ângela Fellet nesta segunda-feira. Os garotos apontados pelas vítimas como suspeitos do crime serão convocados para prestar esclarecimentos. Foi aberto um procedimento para apuração de ato infracional que deve ser enviado para o Juizado da Infância e da Juventude.

Outro caso

Esse é o segundo caso de estupro coletivo registrado na cidade em menos de dois meses. O outro abuso foi contra uma garota de 13 anos. O estupro ocorreu entre a noite de 25 de junho e madrugada do dia seguinte, depois de a garota participar de uma festa junina com a presença da família. Ela abandonou o evento sem autorização dos pais junto com um rapaz com quem estava ficando e também com uma amiga e outro homem. Os dois casais saíram para ter relações sexuais consentidas, segundo apontaram as investigações.

Eles foram até uma casa abandonada na Vila Olavo Costa, mas acabaram surpreendidos por homens que seriam responsáveis pelo tráfico de drogas na região. Segundo a delegada Ângela Fellet, a amiga da vítima seria parente de um dos traficantes do grupo, o que motivou sua liberação junto com os dois rapazes. A garota, então, foi levada para outra casa, onde sofreu abuso sexual e só foi liberada na manhã de domingo, de acordo com a delegada.

Nos vídeos a que a polícia teve acesso, é possível constatar que um dos agressores tenta tirar a calça da vítima, que se debate para impedir. Pelo menos dois homens aparecem armados nas imagens. Já se sabe que os imóveis para onde a adolescente foi levada servem de base para traficantes da área. A Polícia Civil conseguiu identificar 13 pessoas suspeitas dos abusos.


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