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Estado de Minas

'Existe peleumonia', diz médica mineira, em resposta 'lacradora' para polêmica

Júlia Rocha, que também é cantora e já participou do The Voice, disse que profissional da saúde deve escutar paciente. Esta semana, um médico de São Paulo postou deboche sobre a forma como os pacientes falam


postado em 30/07/2016 07:45 / atualizado em 30/07/2016 15:07

De acordo com ela, também existe 'disintiria, quebranto, mal olhado, impíngi, cobreiro, vento virado, ispinhela caída' (foto: Reprodução/ Facebook)
De acordo com ela, também existe 'disintiria, quebranto, mal olhado, impíngi, cobreiro, vento virado, ispinhela caída' (foto: Reprodução/ Facebook)

"Existe peleumonia. Eu mesma já vi várias. Incrusive com febre interna que o termômetro não mostra". Com essa resposta, a médica mineira Júlia Rocha encerra o assunto que movimentou as redes sociais esta semana.

Júlia também é cantora e participou do programa The Voice Brasil, da TV Globo, no ano passado. A mensagem dela, publicada no fim da noite de sexta, passava de 7 mil compartilhamentos no momento da publicação desta matéria.

A polêmica começou depois que o médico Guilherme Capel publicou foto zombando da maneira como os pacientes falam. Na selfie, o profissional aparece com um receituário com o deboche: "Não existe peleumonia nem raôxis".

O médico que postou o deboche foi afastado do trabalho, se desculpou e disse que era só 'brincadeira de Facebook'(foto: Reprodução/ Facebook)
O médico que postou o deboche foi afastado do trabalho, se desculpou e disse que era só 'brincadeira de Facebook' (foto: Reprodução/ Facebook)

Depois que a polêmica viralizou e ele foi afastado das funções de plantonista do Hospital Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), Gabriel pediu desculpas: disse que a imagem não passava de uma "brincadeira de Facebook" e pediu para não ser julgado.

Em aula de humanidade e respeito, a resposta de Júlia incorpora oralidades típicas da língua portuguesa no Brasil e cita disintiria, quebranto, mal olhado, impíngi, cobreiro, vento virado, ispinhela caída.

A médica continua: "Eu tô aqui pra mode atestá. Quem sabe o que tem é quem sente. E eu quero ouvir ocê desse jeitinho. Mode a gente se entendê. Por que pra mim foi dada a chance de conhecê as letra e os livro. Pra você, só deram chance de dizê." E conclui: "Pode dizê. Eu quero ouvir."


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