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Estado de Minas

Justiça condena empresa de ônibus a indenizar passageira obesa

O incidente foi em Juiz de Fora, Zona da Mata. Mulher foi impedida de ficar na parte dianteira do ônibus por não conseguir passar pela roleta e deve receber R$ 10 mil


postado em 01/06/2016 22:42 / atualizado em 01/06/2016 23:25

Uma passageira obesa impedida de permanecer na parte dianteira de um ônibus, por ser obesa e não conseguir passar pela roleta, deverá ser indenizada em R$ 10 mil pela empresa responsável pelo transporte público de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. De acordo com a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reformou parcialmente a sentença da 7ª Vara Cível de Juiz de Fora, a Auto Viação Norte Ltda foi condenada por danos morais.

O incidente foi em 2013. “A passageira relatou no processo que, assim que entrou no ônibus, informou ao motorista que não conseguiria passar pela roleta por ser obesa. Portanto, desceria pela porta da frente, embora fosse pagar a passagem. Segundo a passageira, o motorista negou o pedido, na presença dos outros 20 passageiros, e mandou-lhe descer do veículo. Por causa da humilhação sofrida, ela entrou com ação judicial requerendo danos morais”, informou o TJMG.

No processo, a empresa alega que o motorista perguntou à passageira se ela possuía uma carteirinha de necessidades especiais da prefeitura, pois sem ela não poderia permanecer na parte da frente do transporte público. Consta nos autos, ainda, que a passageira desceu do ônibus porque ficou nervosa com o comentário.

Na sentença de primeira instância, o juiz sustentou que a ausência de provas quanto ao comportamento grosseiro do motorista em relação à passageira não exclui o dever de indenizar, pois a exigência de uma carteirinha já configura uma ilegalidade. “A indenização por danos morais foi fixada pelo magistrado em R$ 2 mil. Além disso, ele determinou que, se a situação se repetisse com a autora da ação, a empresa teria que pagar o valor de R$ 1 mil”, informou o TJMG.

A passageira entrou com recurso no TJMG requerendo o aumento da indenização para R$ 10 mil. O pedido foi julgado procedente por maioria de votos. A Auto Viação Norte recorreu da decisão.

A desembargadora Shirley Fenzi Bertão, relatora do recurso, manteve a decisão que aumentou a indenização da passageira. A magistrada sustentou que a Lei Municipal 10.562/2003 é clara ao determinar que “os passageiros obesos ficam dispensados de passar pela catraca desses veículos, sem prejuízo do pagamento da tarifa”. O procedimento consiste em o passageiro obeso avisar ao cobrador que não passará pela catraca, pagar a passagem e utilizar os bancos da parte dianteira do ônibus. (Com informações do TJMG).


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