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Estado de Minas

Passeata pelo retorno das atividades da Samarco reúne 500 em Mariana

Participantes empunham faixas contendo a frase #ficasamarco. Caminhada em Mariana pede que a Semad e o DNPM liberem a licença prévia para que a mineradora volte a operar no município


postado em 12/03/2016 10:57 / atualizado em 12/03/2016 11:14

(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Cerca de 500 pessoas, entre comerciantes, desempregados, e moradores que temem a perda do emprego participam na manhã deste sábado (12) de caminhada pacífica a favor do retorno das atividades da Samarco, em Mariana, Região Central de Minas. Participantes empunham faixas contendo a frase #ficasamarco. A manifestação pede que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) liberem a licença prévia para que a empresa volte a minerar no município. Desde o desastre ambiental na Barragem do Fundão, em novembro do ano passado, a economia local acumula perdas financeiras de 60% a 70% – entre comércio, imobiliária e outros setores de serviços.

A concentração do ato, chamado “Justiça Sim, Desemprego Não”, vai desde a Arena Mariana até a Catedral da Sé, no centro histórico da cidade.

A caminhada tem o apoio da prefeitura de Mariana, que aponta uma queda da receita decorrente da compensação financeira pela exploração de minério de R$ 6,5 milhões para R$ 1,2 milhão, desde a paralisação das atividades da Samarco. O que sustenta o município, afirma o prefeito Duarte Júnior, tem sido o dinheiro proveniente de um plano de investimentos da Vale, num total aproximado de R$ 19 milhões.

O valor tem sido aplicado para honrar as contas de Mariana. Somente nos salários de 120 médicos da rede municipal, afirma Duarte Júnior, são gastos R$ 2,4 milhões mensais. Além disso a prefeitura arca com 19 mil refeições mensais – sem falar das despesas com educação e saúde.

Coleta de assinaturas de apoio e retorno às atividades da Samarco(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Coleta de assinaturas de apoio e retorno às atividades da Samarco (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
DESCULPAS Durante o ato, Duarte Júnior também aproveitou para se desculpar publicamente pela convocação por mensagem de celular à rede de ensino municipal para a passeata. O chamamento provocou revolta nos docentes, que não concordaram com a postura do poder municipal. Na noite de ontem o prefeito de Mariana recebeu uma notificação da Justiça para esclarecer o caso. Mas desde a manhã desta sexta-feira (11) já havia tomado a decisão de dispensar os funcionários – a Secretaria de Educação de Mariana, veio a público dizer que houve um convite, e não uma convocação. A data seria considerada dia letivo. "Não deveria ter sido uma convocação, e sim um convite. Foi um erro, um equívoco", reforçou Duarte Júnior.

As atividades da mineradora estão paralisadas desde 6 de novembro do ano passado, um dia após o desastre ambiental na Barragem do Fundão, o maior da história do país.


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