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Estado de Minas

Ouvidoria de polícia investiga ação da PM que terminou em morte de idosa em Itambacuri

Três procedimentos foram abertos pela Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais serão apurados junto à Corregedoria da Polícia Militar (PM), outro na Promotoria de Direitos Humanos e um terceiro na Promotoria de Controle Externo da Ação Policial de Itambacuri


postado em 24/02/2016 15:54

Foram abertos três procedimentos de investigação para apurar a ação da Polícia Militar (PM) em Itambacuri, no Vale do Rio Doce, que terminou com a morte da idosa Raimunda Pereira da Silva, de 72 anos. Os policiais foram até a residência para prender o neto dela, de 19 anos, e um amigo do rapaz, de 23, que são apontados como responsáveis pela morte de um vaqueiro, ocorrida no Carnaval, no município de Campanário, na mesma região. Na operação, dois militares ficaram feridos. A Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais pediu esclarecimentos sobre a situação.

A ação aconteceu na última quarta-feira. Raimunda tomou um tiro na barriga e morreu antes de ser socorrida. O marido dela, Geraldo Paulino dos Santos, de 73, acabou preso, assim como o neto deles, Charliano Moreira Dias, e o amigo, João Carlos Vieira. Na confusão, um tenente foi esfaqueado na axila e um cabo levou um tiro na boca. Ambos foram socorridos para o Hospital Nossa Senhora dos Anjos, em Itambacuri, e posteriormente foram transferidos para o hospital em Teófilo Otoni.

Segundo a Polícia Militar, viaturas com policiais à paisana e fardados seguiram no início da manhã para a propriedade rural no distrito de Frei Serafim para cumprir o mandado de prisão expedido contra Charliano e João Carlos. A PM informou que recebeu várias denúncias anônimas de que o neto de Raimunda e Geraldo e um dos amigos deles estavam escondidos no local e mobilizou equipes para prender os suspeitos. As viaturas, de acordo com a corporação, foram posicionadas cercando toda a propriedade, para impedir que os suspeitos fugissem.

Assim que os policiais entraram na propriedade, segundo versão apresentada pela PM, o idoso se armou com uma espingarda e atirou por uma fresta da porta, acertando o rosto do cabo. Na sequência, o idoso saiu da casa com uma faca na mão e foi para cima do tenente, golpeando-o embaixo do braço. A PM conseguiu imobilizar o idoso, mas a mulher dele foi para cima dos policiais com a espingarda na mão e acabou tomando um tiro na barriga. Na propriedade, a PM apreendeu armas, munições e o facão que feriu o tenente.

Os três procedimentos abertos pela Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais serão apurados junto à Corregedoria da Polícia Militar (PM), outro na Promotoria de Direitos Humanos e um terceiro na Promotoria de Controle Externo da Ação Policial de Itambacuri. O ouvidor Paulo Alkimim solicitou documentos e informações sobre o cumprimento de mandado. “Consideramos o fato lamentável, tendo em vista que a ação violou o artigo quinto da Constituição, inciso XI, e o artigo 24 do Código do Processo Penal, que deixam muito claro que buscas domiciliares devem ser executadas durante o dia”, afirmou.


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