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Estado de Minas

Comércio de animais no Mercado Central, em BH, é alvo de protesto de ativistas

Vestidos com fantasias de cachorro, gato e passarinho, manifestantes tentaram conscientizar clientes do estabelecimento sobre a situação de maus-tratos dos bichos


postado em 28/11/2015 18:47 / atualizado em 28/11/2015 19:16

Grupo exibiu faixa em favor da liberação de animais e pediram aos motoristas para buzinarem(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Grupo exibiu faixa em favor da liberação de animais e pediram aos motoristas para buzinarem (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Um grupo de ativista manifestou por cerca de quatro horas em frente uma das portarias do Mercado Central, no Centro de Belo Horizonte, contra a venda de animais no local. Esse não é o primeiro ato de integrantes de movimentos de proteção dos bichos na capital no local. No ano passado, durante a Copa do Mundo, ele fizeram intensa campanha de conscientização contra esse comércio no mercado.

Adriana Araújo, uma das manifestantes, explicou que há pelo menos seis situações que justificam a proibição de venda de animais no Mercado Central: risco à saúde pública; maus-tratos aos animais; descumprimento de legislação; desrespeito ao direito do consumidor; exposição de trabalhadores a doenças zoonóticas e comprometimento da imagem do mercado. O grupo colheu assinatura para encaminhar ofício ao prefeito Marcio Lacerda, pedindo o fim dessa atividade comercial no local.

De acordo com Adriana, cerca de 20 espécies de animais são comercializadas no estabelecimento. “Esses animais estão próximos a barracas que vendem alimentos, como queijos, e isso é incompatível do ponto de vista sanitário, com risco à saúde pública”, destacou. A ativista lembrou a Lei municipal 7852/1999, que proíbe a entrada de pessoas com animais em mercados e similares.

Com fantasias de bichos de estimação, manifestantes fizeram um apitaço(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com fantasias de bichos de estimação, manifestantes fizeram um apitaço (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Ainda, de acordo com ela, o acondicionamento e exposição dos animais na área do mercado destinada à atividade fere a Resolução 1069/2014 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Adriana denuncia que os bichos sofrem maus-tratos, já que ficam exposto em local de grande movimento de pessoas. “Para os filhotes, o toque de crianças não faz bem. O barulho no local resulta em estresse. Quando alguém compra um animal de estimação no mercado, está levando uma espécie com risco de doença, o que contraria as relações de consumo”, afirmou.

Durante o protesto, os cerca de 100 participantes exibiram faixas, cartazes e vestiram fantasias de cachorro, gato e passarinho. Com uso de um megafone e apitos eles tentavam conscientizar as pessoas para que não comprassem os animais no mercado. Motoristas e passageiros que circulavam nas vias próximas apoiaram o protesto, muitos deles promovendo um buzinaço. A administração do estabelecimento foi procurada, mas a telefonista disse que somente na segunda-feira o setor volta a funcionar.

 


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