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Estado de Minas

Presos se rendem após fim de rebelião em Valadares; secretaria confirma duas mortes

Detentos estavam rebelados desde o início da manhã de sábado. Unidade prisional abrigava quase o triplo da capacidade. Situação está sob controle, segundo a Polícia Militar


07/06/2015 07:34 - atualizado 07/06/2015 14:50

Presos são revistados em uma área no interior do presídio depois do fim da rebelião. Unidade abrigava cerca de 800 presos, mas tem capacidade para 290, segundo o governo
Presos são revistados em uma área no interior do presídio depois do fim da rebelião. Unidade abrigava cerca de 800 presos, mas tem capacidade para 290, segundo o governo (foto: Patrícia Brasil/TV Alterosa)
Cerca de 500 detentos do presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, já foram transferidos neste domingo para outras unidades prisionais do estado após o fim da rebelião que durou quase 24 horas. Depois de intensa negociação com a Polícia Militar (PM), os presos finalmente se renderam e encerraram o motim por volta das 5h.

Dois detentos morreram e seis sofreram ferimentos, sendo um com gravidade, conforme a capitã Adriana Alfenas, chefe da assessoria de comunicação da PM da cidade. O preso foi jogado do telhado e sofreu várias perfurações pelo corpo. Ele e os demais feridos estão internados no Hospital Municipal da cidade. A PM informou também que um dos corpos está carbonizado e a identificação somente será possível no Instituto Médico Legal (IML) de Valadares. Os feridos foram atendidos no Hospital Municipal da cidade.

O presídio será totalmente esvaziado e vai passar por uma reforma. Até a tarde deste domingo, cerca 300 presos ainda estavam contidos em um pátio da unidade enquanto aguardamvam transferência, de acordo com a capitã. Eles serão transferidos em veículos prisionais e em ônibus de viagem cedidos por empresas de transporte.

Veja fotos da rebelião

O secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, e o subsecretário de Administração Prisional, Antônio de Padova Marchi Júnior, estão em Valadares para avaliar a situação. Por volta das 10h, uma vistoria foi realizada no presídio para analisar as condições estruturais do prédio. A Seds informou que, apesar do incêndio, algumas celas não foram atingidas pelas chamas, porém os cômodos tiveram danos nas portas. Os pilares e vigas da unidade não sofreram abalos.

O motim começou na manhã desse sábado, no horário de visita, quando os presos dos blocos B e D quebraram as grades das celas. Em seguida, eles tomaram outros pavilhões, mas a direção do presídio conseguiu retirar a tempo as armas armazenadas no local. Nenhum agente penitenciário ficou ferido. Parentes de detentos que estavam no presído no momento da confusão decidiram permanecer no local e só saíram de lá no início da manhã de hoje.

A superlotação é um dos problemas do presídio de Valadares. Segundo a Seds, a unidade tem capacidade para 290 pessoas, mas abrigava quase o triplo - 800 presos.

A situação ficou ainda mais tensa no início da tarde de sábado, quando os presos atiraram do telhado da unidade cinco detentos que estavam em uma área de isolamento. Os rebelados atearam fogo em colchões e outros objetos e, por isso, foi preciso que o Corpo de Bombeiros entrasse no presídio para apagar as chamas.

Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, comandaram as negociações com os detentos. O Comando de Operações Especiais (COPE) também participou da operação. O juiz de Execuções Penais de Governador Valadares, Tiago Counagno Cabral, esteve no presídio e auxiliou a PM no processo de rendição dos rebelados.

Com informações de Patrícia Brasil, da TV Alterosa de Governador Valadares

Jornal da Alterosa mostra reféns jogados do telhado e o conflito da PM com parentes dos presos. Assista



Vídeos mostram momentos de tensão no presídio



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