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Estado de Minas

Moradores não são favoráveis à construção da Casa da África no Mercado Santa Tereza

Associações de bairro sugerem outros projetos de empreendimento para o local


postado em 23/03/2015 15:40 / atualizado em 23/03/2015 17:18

Fiemg desistiu de transformar o Mercado do Santa Tereza em escola profissionalizante(foto: Ângelo Pettinati/Esp.EM/D.A.Press)
Fiemg desistiu de transformar o Mercado do Santa Tereza em escola profissionalizante (foto: Ângelo Pettinati/Esp.EM/D.A.Press)

A desistência da Federação Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) de transformar o Mercado Distrital de Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, em escola profissionalizante agradou a maioria dos moradores vizinhos ao local. Porém, a destinação do espaço ainda deve continuar um impasse. A sugestão feita pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) ao embaixador de Senegal para fazer da área de dois mil metros quadrados a sede da Casa da África no Brasil também não agrada a população. A ideia das associações de bairro é construir outros empreendimentos.

O impasse sobre a destinação do mercado já dura oito anos. Desde 2007, quando foi desativado, o espaço enfrenta uma queda de braço entre os moradores e a Prefeitura de Belo Horizonte. Em agosto de 2013, o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) aprovou um parecer flexibilizando lei que transformou o bairro em Área de Diretrizes Especiais (ADE). A alteração foi necessária para que o mercado se transformar em escola profissionalizante.

Os moradores se manifestaram contra o empreendimento e fizeram um abaixo-assinado, que foi entregue à Fiemg. No último sábado, Marcio Lacerda declarou que a Federação desistiu de construir a escola no mercado, o que foi confirmada pela própria entidade. O motivo seria uma pesquisa feita na região que constatou que 75% das pessoas estavam a favor da construção do empreendimento. Outras 25%, não queriam.

Agora, é provável que a prefeitura enfrente um novo impasse. Lacerda informou que ofereceu o espaço ao embaixador de Senegal para fazer a Casa da África no Brasil. “Houve o interesse dos países da áfrica negra de fazer, em BH, a Casa da África no Brasil, uma instituição para celebrar a cultura, a arte, e a herança africana. Acabei de assinar, nesta semana, uma carta para o embaixador de Senegal”, comentou no sábado. O país ainda não deu a resposta se aceita ou não a sugestão.


Mesmo antes da confirmação, moradores do Bairro Santa Tereza já se mostram insatisfeitos. “Não somos contra a casa da África, mas temos um projeto para o mercado. Tem que ser uma coisa que tem a ver com o bairro”, comentou João Bosco Alves Queiroz, presidente da Associação Comunitária do Bairro Santa Tereza. A preferência da comunidade, segundo ele, é para a construção de bancas de hortifrutigranjeiros, floras, padarias, supermercados, farmácias, serviços de caixas eletrônicos, correios, entre outros. Também sugerem um espaço para reuniões de movimentos sociais, associações de moradores, e academias da cidade.

O presidente da associação reclama da falta de diálogo com a prefeitura. “Foi uma surpresa essa notícia, porque ninguém tinha ouvido falar disso antes. Isso não foi discutido com a comunidade. Acredito que o prefeito não pode fazer a mudança sem consultar os moradores”, comentou.

A Associação dos Amigos do Bairro Santa Tereza também compartilha a opinião de outra destinação ao Mercado do Santa Tereza ao invés da Casa da África. Porém, tem uma sugestão diferente. “Sou a favor que a sede da Regional Leste viesse para o mercado. Daria um movimento para o bairro e seria uma coisa útil para toda região. Aqui tem acesso garantido pela Avenida dos Andradas e por outros locais. Tem ponto de ônibus na porta e o metrô. Podemos montar outrs empreendimentos sem tumultuar”, sugeriu o presidente da entidade, Luiz Góes.


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