Suspeito de tráfico preso em Santa Luzia diz que inventou anotações sobre o PCC

A Polícia Civil (PC) investiga quatro suspeitos de tráfico de drogas presos na quinta-feira em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião, Wander Eustáquio Gonçalves, de 33 anos, assumiu a propriedade de um caderno com anotações que citavam o Primeiro Comando da Capital (PCC), e ainda teria dito à Polícia Militar (PM) que fazia parte do grupo. No entanto, ele deu uma versão diferente em depoimento.

De acordo com a PM, três homens e uma mulher estavam em um Fiat Siena, na Rua Petrina Gonçalves Satiro, quando foram abordados em um carro na tarde passada. Eles tentaram fugir, mas acabaram detidos em uma ação de cerco e bloqueio. Com eles foram apreendidas três barras de maconha, pequenas porções da droga, um revólver calibre 32, celulares e dinheiro. Durante as buscas na casa da mulher, que é namorada de Wander, foi encontrado um caderno com diversas anotações alusivas ao PCC, como nomes de batismo, data de entrada e saída da quadrilha, contabilização financeira, e outros detalhes. Também foi recolhida uma carteira de trabalho com a foto de Wander, mas com outro nome.

Segundo a PC, os quatro foram presos por tráfico e associação ao tráfico de drogas. Enquanto os outros homens negaram, Wander, que também foi preso por falsificação de documento público, assumiu ser o dono da droga e do caderno. O suspeito foi ouvido pelo delegado Luiz Otávio Braga Paulon, da 1ª Delegacia de Santa Luzia. Por meio da assessoria de imprensa da corporação, o delegado disse que Wander revelou ter inventado o conteúdo do caderno. Ainda segundo a Polícia Civil, não consta no Registro de Evento de Defesa Social (REDS) a informação de que ele teria dito aos PMs que fazia parte da organização criminosa.

Com informações de Alessandra Alves