O casal veio de uma cidade no Norte de Minas para trabalhar como caseiros em uma área de sítios em Contagem, mas as brigas constantes acabaram causando a demissão deles. Wanderson era muito agressivo e a mãe de Elizamara interferia nas brigas para defendê-la. No entanto, o jovem registrava boletins de ocorrência contra a sogra, alegando que ela queria prejudicar o casamento. Algum tempo depois, eles terminaram, cada um foi morar com suas respectivas famílias, e Elizamara começou a se relacionar com outro homem.
Ela costumava comentar sobre o novo namorado nas redes sociais, o que incomodava Wanderson e acabou sendo o motivo de mais uma agressão contra a moça, uma semana antes do assassinato. Na manhã da véspera de Natal, Wanderson buscou o filho pequeno com Elizamara para passar o dia com ele. Durante as comemorações, a família do rapaz notou que ele estava muito quieto. Por volta das 22h, ele voltou à casa da ex-mulher para entregar a criança. O padrinho do menino os levou até lá e foi embora.
Elizamara estava com o bebê no colo quando foi esfaqueada pelo ex-marido. Wanderson deu seis facadas no peito da mulher. Outro golpe atingiu a barriga do filho deles, mas o menino sobreviveu. Após o crime, Wanderson fugiu e começou a passar temporadas nas casas dois oito irmãos, conforme a delegada Fabíola Oliveira. A família sabia do crime e mandava ele se entregar. Wanderson até então não tinha histórico de crimes, mas chegou a assinar um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) por ter tentado apedrejar o patrão. O homem resolveu se apresentar à polícia no dia 10 de fevereiro. Ele se diz arrependido, e alegou ter matado a mulher porque estava sendo traído, e “ela teria perdido o respeito por ele”.