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Estado de Minas

Boates e casas de show ainda correm atrás de segurança um ano depois da tragédia no Sul

No ano passado, a reportagem do esteve em 24 casas noturnas da capital e da região metropolitana e constatou que 16 não apresentaram pelo menos um dos itens exigidos pela legislação


postado em 25/01/2014 06:00 / atualizado em 25/01/2014 06:01

As casas noturnas de Belo Horizonte ainda correm atrás de segurança, um ano depois da tragédia de Santa Maria (RS). O Estado de Minas visitou 10 boates e casas de shows e constatou que seis fizeram adaptações na estrutura para atender as exigências do Corpo de Bombeiros (Cobom). Duas fecharam as portas e algumas continuam no processo de mudança para afastar riscos.

No ano passado, a reportagem do esteve em 24 casas noturnas da capital e da região metropolitana e constatou que 16 não apresentaram pelo menos um dos itens exigidos pela legislação, embora 23 funcionassem com o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Entre os donos de boates, o consenso é de um rigor maior na fiscalização no ano passado. Até então vistoriadas apenas uma vez por ano, os estabelecimentos passaram a receber bombeiros e fiscais da prefeitura três vezes. “A fiscalização aumentou muito”, informou a dona do Engenho de Minas, no Bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul, Eliane Campos Machado.

A corporação também expediu circulares reforçando a atenção com itens como os materiais usados para o acabamento das instalações, como forros e pisos. “Já existia uma fiscalização, mas não era tão criteriosa quanto é hoje. A maioria dos estabelecimentos funcionava sem projeto de incêndio”, afirmou César Gomes, um dos diretores da Projecêndio, empresa especializada nesses projetos.

O gerente do Clube Chalezinho, no Bairro Buritis, Região Oeste, Adelton Silva, informou que, além da fiscalização, os clientes ficaram mais exigentes. “Muitos promotores exigem projeto de incêndio para fazer eventos. Antes, tínhamos mais problemas com placas de sinalização de emergência arrancadas”, disse o gerente, que ampliou o treinamento dos brigadistas de incêndio.

Na Major Lock, no Bairro São Pedro, Centro-Sul, as mudanças foram a instalação de barras antipânico em todas as portas. “Todo mundo ficou mais atento a essas questões e a consciência até dos clientes aumentou”, contou o dono do empreendimento, Ramiro Maia. Antes mesmo da tragédia da Boate Kiss, a Boate Velvet, na Savassi, fez  adaptações para cumprir os requisitos de segurança. “Pusemos os fios aparentes em tubos, luzes de emergência, quebramos uma parede para abrir o fluxo para a saída de emergência”, afirmou o dono da boate, Luciano de Souza.

MONTES CLAROS

Dos 17 estabelecimentos interditados pelo Ministério Público em fevereiro do ano passado, apenas um continua fechado, por não ter feito adaptações de segurança. Donos de casas de shows que fizeram as mudanças alegam que aprovam as medidas de prevenção dos bombeiros. “Minha casa ficou fechada 20 dias e me endividei na época, mas sou a favor de oferecer segurança para as pessoas”, afirmou Carlos Fashini, dono da casa de shows Mansão. O espaço, que funciona às sextas-feiras e fins de semana, tem capacidade para 2 mil pessoas. Ele conta que para atender todas as exigências de segurança, teve que investir R$ 70 mil na casa de shows, onde implantou quatro saídas de emergência e rampas, barras anti-pânico, sinalização iluminada sobre os pontos de saída e extintores.


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