Trabalhadores da construção civil, em greve há dez dias, fazem uma nova manifestação por Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira. De acordo com a BHTrans, aproximadamente 200 pessoas se reuniram em uma obra na Avenida Amazonas e seguiram em passeata até a Praça Sete. Um outro grupo, de 300 manifestantes, invadiu o Câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para protestar.
Um outro grupo de manifestantes também protesta no Campus Universidade Federal de Minas Gerais, no Bairro São José, Região da Pampulha. De acordo com a Polícia Militar (PM), aproximadamente 300 pessoas chegaram no local pela Avenida Abrahão Caram. Militares acompanham o protesto que acontece de forma pacífica. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região (Stic-BH), os trabalhadores que realizam obras no Campus estão parados por causa da greve e se uniram ao protesto no local.
Nessa terça-feira, os trabalhadores fecharam a Avenida Getúlio Vargas, no Bairro Funcionários, por mais de seis horas em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde acontecia uma tentativa de reconciliação. Porém, a categoria não aceitou o reajuste de salarial de 8,5%, apresentado pela Justiça durante a reunião entre patrões e empregados.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região (Stic-BH), a categoria reivindica almoço nos canteiros de obras (22 tíquetes de R$ 15 por mês, sem prejuízo para a cesta básica ,que já é fornecida), café da tarde (o da manhã já é servido) e reajuste de 12% dos salários. Eles recusaram a proposta de 7,5%. Os trabalhadores querem salário de R$ 2,3 mil para pedreiro, carpinteiro, eletricista e marceneiro, que hoje ganham R$ 1.137,00, e de R$ 1,5 mil para os respectivos ajudantes, que hoje recebem R$ 743,60.
Segundo o Stic-BH, o almoço nos canteiros de obras é servido apenas para os trabalhadores que chegam de outras cidades e estados e que moram em alojamento. Eles querem a refeição para todos.