O juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal de Ipatinga, no Vale do Rio Doce, negou o pedido de relaxamento de prisão para o policial civil Lúcio Lírio Leal, de 22, acusado da morte do jornalista Rodrigo Neto Faria, de 38, em março deste ano. A decisão que nega o habeas corpus é de 8 de novembro e deve ser publicada no Diário Oficial amanhã. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), está marcada para dia 9 de dezembro uma audiência de instrução e julgamento do caso. Lúcio está preso na Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte.
As investigações mostraram que Lúcio agiu em parceria com outro policial, Alessandro Neves Augusto, o Pitote, de 31 anos, acusado de executar o repórter a tiros. Além da morte do jornalista, Alessandro também foi indiciado pelo assassinato do fotógrafo Walgney de Assis Carvalho, de 43, em abril.
Quando a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a série de assassinatos que ocorreram no Vale do Aço entre 2007 e 2013, entre eles as mortes dos dois jornalistas, 16 pessoas foram indiciadas. Na lista de acusados há seis policiais civis e três militares.