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Estado de Minas

Polícia prende trio suspeito de atirar em casal e matar bebê na Grande BH

Crime aconteceu em abril do ano passado para vingar um furto a um sítio. A mulher sobreviveu e contou à polícia o que havia acontecido


postado em 01/10/2013 13:26 / atualizado em 01/10/2013 13:55

(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)

A Polícia Civil prendeu três homens suspeitos de um duplo homicídio ocorrido no ano passado em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na ocasião, um casal foi baleado e atirado em um rio, juntamente com um bebê de apenas dois meses, para vingar um furto a um sítio. No entanto, a mulher sobreviveu e ajudou a polícia a identificar os homens, que foram apresentados nesta quinta-feira.

O crime aconteceu na madrugada de 7 de abril de 2012. Dois homens armados foram até a casa das vítimas e um deles atirou no peito de Abimael Oliveira de Menezes. Em seguida, ele teve as mãos amarradas e as outras duas vítimas, Marileide Souza Aguiar, e a pequena Ketlen Maylane Gonçalves Meneses, sobrinha de Abimael, foram retiradas de casa. Logo em seguida, um homem chegou em um Palio prata, deixou o veículo com a dupla e foi embora à pé. Os homens levaram as vítimas para um local isolado à beira do Rio Paraopeba. Lá, Abimael foi agredido e atingido por mais um disparo na cabeça. O corpo dele foi jogado no rio. Logo em seguida, Marileide foi baleada em um dos olhos e também atirada na água, assim como o bebê.

A mulher ficou presa em um galho e, mesmo ferida, conseguiu fugir e pediu socorro. Ela perdeu a visão do olho atingido pelo tiro. Os corpos de tio e sobrinha foram encontrados dias depois. O de Abimael foi localizado no dia 10 no Bairro Vale do Sol, em São Joaquim de Bicas. O corpo da sobrinha dele foi achado em 12 de abril, às margens do Rio Paraopeba em Betim.

Investigações

De acordo com o delegado Enrique Rocha Solla, da Delegacia de São Joaquim de Bicas, as investigações começaram a partir da informação do terceiro suspeito no Palio. Considerando que após deixar o carro o homem saiu a pé, havia a suspeita de que fosse um morador da região. Assim, as pesquisas levaram a José Luiz Jonas, dono de um sítio perto da casa das vítimas. A polícia descobriu que o imóvel havia sido furtado em 1º de abril, dias antes do crime. O Palio dele foi periciado, mas não foi encontrado qualquer vestígio de sangue.

No entanto, a quebra do sigilo telefônico levou a polícia a uma ligação feita pela namorada de Sérgio Luiz Jonas, filho de José Luiz, durante a madrugada do dia 7 dentro do sítio. O rapaz havia dito que estava em Ibirité quando o crime ocorreu. O depoimento da jovem acabou confirmando as suspeitas do envolvimento de pai e filho nos assassinatos. Outro homem, identificado como Ronaldo de Lima, foi apontado como comparsa. Em 27 de setembro deste ano, eles foram presos de forma preventiva e, durante as buscas, a polícia apreendeu uma espingarda polveira no sítio de José Luiz.

Confissão

Segundo o delegado, Sérgio e Ronaldo confessaram o crime e confirmaram que a motivação era um furto ocorrido no sítio de José Luiz. Eles disseram que chovia no dia do crime e se esconderam atrás de uma bananeira. O cachorro da casa começou a latir quando Abimael saiu de casa para urinar no quintal. Lá, ele foi atacado pelos homens e chegou a correr para a porta da casa. Ao tentar entrar, ele foi atingido pelo primeiro disparo. Após a entrega do Palio, foi Sérgio quem falou para o pai voltar para casa. Em seguida, as vítimas foram levadas para o local da execução, marcado com uma sacola plástica pendurada em uma árvore, já que não havia iluminação. Na próxima quinta-feira, dia 3 de outubro, será realizada a reconstituição do crime.


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