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Estado de Minas

Rio de Janeiro aperta o cerco aos infratores que sujam as ruas

Excesso de sujeira nas ruas levou a prefeitura a implantar o programa Lixo Zero e aplicar multas a partir de R$ 157. Quantidade de dejetos recolhidos diminuiu 46%


postado em 29/09/2013 06:00 / atualizado em 29/09/2013 07:56

No Rio, quem joga lixo na rua é autuado e recebe a multa na hora. População recebeu bem a iniciativa(foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo)
No Rio, quem joga lixo na rua é autuado e recebe a multa na hora. População recebeu bem a iniciativa (foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo)
A Prefeitura do Rio de Janeiro adotou tolerância zero contra quem suja as ruas da cidade. O programa Lixo Zero reduziu em 46% os dejetos recolhidos nas ruas. Até agora, foram aplicadas 2,5 mil multas, com valor a partir de R$ 157. Seis pessoas não forneceram o número do CPF e acabaram na delegacia, onde foram feitos a identificação do cidadão e boletins de ocorrência. Segundo Vinícius Roriz, presidente da Comlurb, empresa de limpeza urbana carioca, a lei deve ser mais coercitiva e por isso o Rio decidiu vincular o CPF de quem se recusar a pagar a multa no SPC e no Serasa. Até então, a lei só previa a inclusão na dívida ativa, o que não intimidava ninguém.


A fiscalização também precisou ser revista. Os agentes de limpeza ganharam smartphones e impressora portátil, o que facilita a emissão do boleto de cobrança na hora. São 180 equipes de fiscalização, número próximo aos 200 de Paris e de Nova York, segundo Roriz. Ele explica que as principais ruas e avenidas da Zona Sul, da Tijuca, na Zona Norte, e do Centro são monitoradas diariamente entre as 8h e as 20h. Há ainda blitzes itinerantes e de surpresa no restante da cidade e trabalho noturno em locais badalados. como a Lapa. “Ocupamos algumas áreas de grande fluxo permanentemente e a população recebeu muito bem”, disse ele.

PROJETO A iniciativa carioca é bem recebida pela maioria dos vereadores de Belo Horizonte, favoráveis à aprovação de projeto semelhante. “Acho bom que o dinheiro das multas seja aplicado em campanhas de conscientização, mas como o objetivo não é só arrecadar, e sim educar, quem joga papel no chão deve ser tratado de forma diferente de quem descarta entulho maior na rua. É mais justo variar o valor da multa”, avalia o presidente da Câmara, Léo Burguês (PSDB). “Também questiono a aplicabilidade porque temos um número reduzido de fiscais, envolvidos em muitas outras tarefas.”


 Contrário ao projeto, o vereador Gilson Reis (PCdoB) acredita que a questão deve ser repensada, sim, mas com políticas educativas. Ele também cobra mais estrutura da cidade, antes de punir o cidadão. “Falta tanta coisa em BH. Não tem coleta seletiva, faltam lixeiras suficientes, coletoras e acesso apropriado aos resíduos. Para as fezes de animais, só tem em sete lugares. E o cidadão será penalizado?”, questiona.


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