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Estado de Minas

Depois de três meses, morre jovem supostamente baleado por delegado em Bailão Sertanejo

Tiago foi atingido por um tiro na cabeça e outro no pescoço durante confusão na casa de shows. Delegado, que é filho do dono do estabelecimento, é o principal suspeito do crime, cujas investigações ainda não foram concluídas pela Corregedoria da Polícia Civil


13/08/2013 22:22 - atualizado 13/08/2013 23:12

(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Morreu nesta terça-feira, depois de 101 dias internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, o jovem Tiago de Souza Martins, de 23 anos, baleado durante uma confusão generalizada dentro do Bailão Sertanejo, em Venda Nova. Ele foi atingido por um tiro na cabeça e outro no pescoço. O principal suspeito do crime é um delegado da Polícia Civil, filho do dono do estabelecimento onde ocorreu a briga, que continua trabalhando normalmente. O inquérito que investiga o caso ainda não foi concluído.

Muito abalado, Eliazar Souza Martins, pai do rapaz, diz contar com a ajuda da imprensa para pressionar a polícia a concluir as investigações. “A gente espera justiça”, declarou enquanto seguia, na noite desta terça-feira, para o Instituto Médico-Legal para providenciar a liberação do corpo do filho. O velório, previsto para começar às 6h desta quarta-feira, será no Cemitério da Consolação, em Venda Nova.

O crime ocorreu na madrugada de 5 de maio, um domingo. Tiago estava com os irmãos e amigos no Bailão Sertanejo quando um dos colegas se envolveu numa briga. O rapaz foi atingido por uma garrafa no pescoço. Tiago e o irmão Elias de Souza Martins intervieram na confusão, que se tornou generalizada. Elias também levou uma garrafada e sofreu extenso corte no pescoço. Já Tiago foi baleado na cabeça e no pescoço.

Testemunhas afirmaram que os tiros foram disparados por Gustavo Garcia Assunção, de 29 anos, que é delegado titular da 3ª Delegacia de Ribeirão das Neves e filho do proprietário do Bailão Sertanejo. Este, por sua vez, disse que um policial militar, que prestou serviços de segurança ocasionalmente no local, e que naquela dia estaria lá como cliente, foi autor dos disparos. Gustavo entregou a sua arma à polícia para perícia. As investigações foram assumidas pela Corregedoria da Polícia Civil. O delegado-corregedor Daniel de Andrade Ribeiro disse ter ouvido, até o final de julho, cerca de 40 testemunhas. O inquérito ainda está em andamento.


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