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Estado de Minas

Bombeiros encontraram irregularidades em 85% dos estabelecimentos fiscalizados em Minas

Em 567 entre os 662 estabelecimentos vistoriados no estado havia falhas na segurança ao público


postado em 19/02/2013 06:00 / atualizado em 19/02/2013 06:39

Boate Up, na Savassi, ainda está interditada, mas deve reabrir em 15 dias, depois da reforma exigida pelos bombeiros(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Boate Up, na Savassi, ainda está interditada, mas deve reabrir em 15 dias, depois da reforma exigida pelos bombeiros (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

As operações de fiscalização do Corpo de Bombeiros encontraram irregularidades em 85,64% (567) das 662 casas noturnas vistoriadas em Minas Gerais. Na Grande BH, 60 dos 71 locais visitados desrespeitaram ao menos uma das normas de segurança definidas pela corporação. No interior do estado, a proporção foi ainda maior: 85,78% (507) dos 591 endereços inspecionados tinham falhas. O pente-fino interditou 150 casas, mas algumas já fizeram as mudanças exigidas e foram reabertas.

A operação foi feita entre os dias 1º e 7 deste mês, em decorrência da tragédia em Santa Maria (RS), onde 239 pessoas morreram em incêndio na Boate Kiss em 27 de janeiro. Foram vistoriados casas noturnas, bares, salões e clubes usados para festas e eventos. No total, 381 foram notificados e 36 multados. Na Grande BH, 20 estabelecimentos foram fechados. No interior, o 9º batalhão, sediado em Varginha, no Sul do estado, foi o responsável pelo maior número de interdições: 51. Em segundo lugar ficou o 4º Batalhão, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 23.

“Os estabelecimentos interditados apresentavam risco iminente. Entre as irregularidades, não tinham iluminação e saídas de emergência e os extintores, quando existiam, estavam vencidos. Muitas casas não tinham o auto de vistoria dos bombeiros (AVB) nem projeto de prevenção contra incêndios”, informou o capitão Giderson Neves, integrante do comando operacional dos bombeiros e um dos coordenadores da operação.

Em BH, pelo menos três já reabriram, todas na Região Centro-Sul: o Alfândega Bar, no Bairro Santo Antônio, o dDuck dClub, na Savassi, e a casa de festas infantis Nog Kid’s, no Bairro Belvedere. O Alfândega, segundo sua assessoria de imprensa, ficou fechado nos dias 6 e 7, para ampliar a largura da porta para a Rua Viçosa, que era considerada insuficiente pelos bombeiros e foi aumentada para dois metros.

“Os bombeiros alegaram que só tínhamos uma saída (para a Rua Pernambuco) e abrimos uma segunda”, informou o proprietário do dDuck, Túlio Borges. A Favorita Music passou por reforma e deve reabrir na quinta-feira, segundo seu promoter, Roney Bigão. A boate Up, na Savassi, permanece interditada. “Estamos fazendo as mudanças e em 15 dias elas devem ficar prontas”, diz o gerente da casa, Ed Luiz Gomes.

Outras casas interditadas em BH foram Jequitibar, Al Capone, Oliver Art Bar, Clube Pinheiros, Nelson Bordello, New Texas 2, Rota 66, Gruta da Lapinha, Bar do César, Cia. do Cavalo, Berimbau Circo Bar, Café Paddock e a boate Hilda Furacão. Os militares não souberam informar o nome de uma das casas fechadas.

Parte do pente-fino realizado na capital foi feito em parceria com a prefeitura, cuja ação, por seguir a legislação municipal, nem sempre coincidiu com a dos militares. Os fiscais da Secretaria de Serviços Urbanos vistoriaram 57 casas, notificaram 27 e multaram uma em R$ 1.192,46. Doze foram interditadas, além de multadas em R$ 3.577,37. A prefeitura não especificou as irregularidades encontradas, mas informou que se referem ao alvará de funcionamento e a documentos relacionados com a segurança, como o laudo técnico para sistema de prevenção e combate a incêndio e pânico.


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