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Estado de Minas

Desvios para fugir da Avenida Cristiano Machado também ficam saturados

Com obras simultâneas nos dois corredores de acesso ao Vetor Norte de BH, também há problemas nos desvios. BHTrans não traça rota oficial e diz que cidadãos buscam as próprias opções


postado em 13/04/2012 07:46 / atualizado em 13/04/2012 10:27

Ruas que servem de trajetos opcionais nas proximidades da avenida, como a Jacuí, também sofrem os reflexos das obras(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Ruas que servem de trajetos opcionais nas proximidades da avenida, como a Jacuí, também sofrem os reflexos das obras (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)


A intenção pode até ser a melhora no trânsito, mas, na prática, as obras do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) simultaneamente em três das principais avenidas de Belo Horizonte – Cristiano Machado, Antônio Carlos e Pedro I – transformaram a cidade em um grande beco sem saída. O resultado desse drama ganhou um agravante ontem, com o fechamento da pista exclusiva de coletivos na Avenida Cristiano Machado, que liga o Centro à MG-10. Táxis e ônibus passam a fazer companhia para os carros, que, por sua vez, não têm para onde fugir. “Com essas obras, está muito pior. Rodo todo dia na região, sempre busco rotas alternativas e encontro trânsito ruim em todos os lugares”, conta o motorista Yann Bottrel, de 23 anos, prestes a enfrentar o trânsito da Rua Jacuí, um dos desvios para fugir da Cristiano Machado.

A interdição completa da bus way, que desde dezembro estava funcionando apenas no sentido bairro/Centro, ocorreu somente a partir das 16h, mas desde o início do dia estava sendo tratada como “o caos” por frequentadores da região. A experiência do outro lado da via, no sentido Centro/bairro, fechada em dezembro, já dá mostras do que está por vir hoje. No fim da tarde, por volta das 17h, não é possível mais identificar um ou outro ponto de retenção, já que a Cristiano Machado se torna um imenso corredor de carros trafegando em ritmo de tartaruga. “Não passo mais pela Cristiano Machado. Tento cortar caminho pelo bairros”, conta o taxista Fernando Eugênio Ferreira, de 64 anos, que circula diariamente pelo trecho.

Difícil é encontrar rota de fuga. “Moro no Sagrada Família e as ruas de lá agora parecem até uma BR, de tanto motorista cortando caminho”, ressalta o promotor de vendas Marcos André dos Santos, de 31 anos, que desde terça-feira já está vivendo os efeitos da transferência de ônibus para a pista mista. Algumas linhas, como a de Marcos, se anteciparam e deixaram de circular no sentido Bairro/Centro na busway desde o início da semana. “Estou demorando pelo menos mais 20 minutos para chegar em casa. Tem que ter paciência, porque não há outra saída”, contava, ontem à noite, em frente ao Minas Shopping.

Seja qual for o sentido, o local é um dos pontos de maior retenção da avenida e, ontem, ainda contou com um “elemento surpresa”: o engavetamento envolvendo três carros, por volta das 18h30, na pista que havia começado a receber os coletivos. O resultado? Retenção e teste de paciência para motoristas e passageiros. Para o frentista Alexei Rolim, de 42, que trabalha às margens da via e mora na região, essa é apenas uma amostra do que está por vir hoje de manhã, quando o fluxo rumo ao Centro é maior. “Amanhã vai parar tudo. O que está acontecendo no sentido bairro à tarde vai se repetir na pista em direção ao Centro de manhã”, conta Alexei, voluntário de trânsito da avenida e que, a qualquer sinal de problema na via, liga para órgãos competentes tomarem providência.

Mas, para o taxista Geracy Caetano Gontijo, 76, que dirige pelas ruas de Belo Horizonte há mais de 30 anos, 17 deles num ponto na próximo à Cristino Machado, desta vez não há muito a ser feito, pois as obras estão espalhadas pela cidade inteira. “De manhã, é só no sentido Centro. São vários locais que ficam agarrados. No fim do dia, o problema é só na volta para os bairros e a lentidão também se repete em vários outros locais. Como a situação na Pedro I é simplesmente inviável, milhares de pessoas de Venda Nova e da Região Norte preferem a Cristiano Machado. Por mais que ela também ‘agarre’, é melhor do que parar nas obras da Pedro I/Antônio Carlos”, completa.

De acordo com a assessoria de comunicação da BHTrans, normalmente a empresa não indica rotas alternativas, pois o próprio motorista já se encarrega de procurar outros caminhos. Segundo o órgão gestor do trânsito na capital, apontar um desvio oficial demanda um tratamento específico para a rota, o que seria “inviável”, diante das várias alternativas que os motoristas podem escolher. No caso específico da Cristiano Machado, a empresa informa que não há um desvio oficial e, nesse caso, como a avenida está em obras, assim como boa parte da cidade, o jeito é sair mais cedo ou evitar a via quando possível.


Comércio já sente

Transtorno para o motorista, prejuízo para o comércio. Lojistas ao longo da Avenida Cristiano Machado constatam queda no movimento no comércio desde o início das obras do transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês) e temem a piora com o fechamento praticamente total da pista exclusiva para os coletivos. Com a interdição, áreas antes destinadas a estacionamento agora podem ser usadas apenas para o embarque e desembarque de passageiros. “Ontem (quarta-feira), eles instalaram as placas proibindo motoristas de estacionarem em frente à loja e já notamos queda em nosso movimento hoje (ontem)”, afirma Ivan Oliveira Santos, gerente de uma revendedora de veículos na Cristiano Machado.

 VEJA REPORTAGEM HOJE NO JORNAL DA ALTEROSA PRIMEIRA EDIÇÃO SOBRE O CAOS NA AVENIDA CRISTIANO MACHADO, LOGO DEPOIS DO ALTEROSA ESPORTE


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