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Estado de Minas

Após 24 horas, detento libera mulher refém em presídio de Montes Claros

Preso libertou a mulher após conseguir falar com a irmã, que mora da Bahia, uma de suas exigências


postado em 13/02/2012 12:40 / atualizado em 13/02/2012 13:19

Policiais militares, agentes penitenciários, bombeiros, Samu, e equipes do Gate da cidade e de Belo Horizonte estiveram no local desde o domingo na tentativa de convencer o detento a libertar a mulher(foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Policiais militares, agentes penitenciários, bombeiros, Samu, e equipes do Gate da cidade e de Belo Horizonte estiveram no local desde o domingo na tentativa de convencer o detento a libertar a mulher (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)


Após 24 horas de cárcere, a cabeleireira de 38 anos que era mantida refém por um preso foi libertada no início da tarde desta segunda-feira em Montes Claros, no Norte de Minas. Pedro Francisco Vieira, de 33 anos, libertou a mulher às 12h11 após conseguir falar com a irmã, que mora na Bahia, uma de suas exigências. Cleide Márcia Oliveira Santos, de 38 anos, tinha ido visitar um filho que está no Presídio Regional de Montes Claros. Ela foi levada para um hospital da cidade.

Pedro deixou a cela cercado por militares do Gate e foi levado em uma viatura do Corpo de Bombeiros e também foi levado para um hospital. Depois, ele será conduzido à Delegacia de Montes Claros, onde vai prestar depoimento e, em seguida, será transferido para um presídio no Sul da Bahia.

O cárcere começou por volta das 12h de domingo, quando um agente penitenciário foi levar comida para o homem na cela. Ele tentou ferir o policial e conseguiu fugir pelo corredor, onde fez a mulher refém. Em seguida, Pedro fez vários cortes no rosto, braço e mãos e ameaçou contaminar a vítima com o vírus da Aids.

Policiais militares, agentes penitenciários, bombeiros, Samu, e equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da cidade e de Belo Horizonte estiveram no local desde o domingo na tentativa de convencer o detento a libertar a mulher. Pedro escreveu uma carta para o Gate pedindo garantia de vida e isso foi assegurado pelos policias. O detento alega que sua morte foi encomendada por R$ 100 mil. Ele exigiu também ser transferido para alguma penitenciária baiana. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou em nota que a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) já disponibilizou sua transferência para qualquer unidade prisional de Minas Gerais.

Além de exigir que sua integridade física seja garantida, Pedro queria entrar em contato com seus familiares. Os policiais já tentaram localizar o pai e a irmã do preso, que moram em Prado, no sul da Bahia, e com o irmão, que vive em Vila Velha, no Espírito Santo. Uma psicóloga e o comandante do 50º Batalhão da Polícia Militar de Montes Claros, tenente-coronel Jorge Bonifácio, também participaram das negociações.

Segundo a polícia, ele tem passagens por homicídios, roubo e foi preso por ter cometido um estupro em Almenara, quando chegou a manter a vítima em cárcere por três dias. O detento cumpre pena há 4 anos e está no presídio de Montes Claros desde novembro do ano passado. O local tem capacidade para 592 presos mas atualmente abriga 900.


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