O teor dos depoimentos não será divulgado pela polícia para não atrapalhar nas investigações. “Posso dizer que ele respondeu a todas as perguntas sobre os crimes que ele é acusado”, afirma a delegada Alessandra Wilke.
Agora o suspeito está detido no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) São Cristóvão. Ele é apontado como o matador de uma quadrilha de tráfico de drogas que age em atua em Belo Horizonte, Teófilo Otoni (cidade natal dele), Santos (SP) e Ribeirão Preto (SP).
O grupo planejava se estabelecer como Primeiro Comando da Capital (PCC) mineiro sob a liderança de Ângelo Gonçalves de Miranda Filho, de 29 anos, conhecido como Pezão, que também foi preso. Segundo a delegada, o líder da quadrilha deve ser ouvido ainda nesta semana. “Vamos fazer as oitivas dele ainda nesta semana”, afirma Alessandra Wilke. Pezão foi transferido para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH depois de se envolver em uma confusão com agentes penitenciários do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão após se envolver que acabaram baleando o detento com munições não letal (de borracha).
Histórico
Quén-Quén era foragido da Penitenciária de Teófilo Otoni, na Região do Vale do Mucuri. No dia 11 de agosto, ele baleou dois policiais da Divisão de Crimes Contra Vida que faziam uma operação no Bairro Califórnia, na Região Nordeste de BH. Também é acusado de matar um agente penitenciário na Avenida Waldomiro Lobo no último dia 27 de agosto. Nesta sexta-feira, o bandido que desafiou a polícia mineira dizendo que só seria capturado morto, também se manteve calado durante a apresentação no Departamento de Investigações (DI). Com sinais de medo, Quén-Quén estava trêmulo e de cabeça baixa.