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Estado de Minas

Fogo é finalmente controlado no Rola Moça

Cerca de 80% da vegetação do parque foi consumida pelas chamas


postado em 29/09/2011 06:00 / atualizado em 29/09/2011 06:16

Depois de seis dias de muito trabalho, bombeiros e brigadistas apagaram as chamas do parque(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
Depois de seis dias de muito trabalho, bombeiros e brigadistas apagaram as chamas do parque (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS)
O avanço do fogo no Parque Estadual Serra do Rola Moça, nos limites de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima, na região metropolitana, pelo menos por enquanto parece ter sido controlado pelos bombeiros e brigadistas. Nessa quarta-feira, em mais um dia de trabalho, as chamas estavam próximas a mananciais do Barreiro e de Taboões, mas, no fim da tarde, os dois focos foram controlados e as chamas extintas. Apesar do trabalho de combate ter conseguido acabar com o fogo, hoje nova equipe do Corpo de Bombeiros volta ao local para observar se novos focos vão aparecer. Depois de seis dias de chamas, o resultado é uma paisagem marcada pelo preto das áreas afetadas.

O dia também foi marcado pela assinatura do acordo para contratação pelo estado de nove aeronaves. O termo de referência será publicado hoje no Diário Oficial (Minas Gerais ), depois de cerca de 80% do parque ter sido destruído, as aeronaves com capacidade para até 2,8 mil litros de água podem ser usadas.

O combate no Rola Moça começou por volta das 5h dessa quarta-feira. A rotina do dia anterior, quando o efetivo se concentrou no local depois do fim do incêndio da Serra do Curral, se repetiu. Duas aeronaves modelo Air Tractor jogavam cerca de 6 mil litros de água por vez nos dois focos que resistiam e dois helicópteros também auxiliavam os homens com bolsões de capacidade para 500 litros. No início da tarde, mais dois helicópteros se juntaram aos trabalhos, porém, uma área próxima à BR-040, onde não havia mais foco, voltou a pegar fogo, sendo necessária a presença de uma equipe no local e este foco também foi controlado.

De acordo com o gerente do parque, o biólogo Marcus Vinicius de Freitas, dos seis mananciais no Rola Moça, responsáveis por 40% do abastecimento da Grande BH, apenas o da Mutuca não foi atingido pelo fogo. Nos outros cinco, as chamas alcançaram a vegetação que protege a água. “Nossa sorte é que nesses locais ainda não foi detectado fogo nas copas das árvores. Em todos, foram chamas rasteiras e só vamos saber o real impacto quando tivermos certeza de que tudo acabou”, informou. Em 17 anos de parque, ele diz que nunca houve incêndio tão destrutivo como o deste ano. “Nossa referência eram as queimadas de 2003, quando a destruição foi de 60% a 80% da área do parque”, afirmou.

O estudante Filipe Barone, de 22 anos, tem um sítio em Casa Branca, distrito de Brumadinho, e com frequência passa pela estrada que corta a Serra do Rola Moça. O sentimento ao olhar a paisagem pela janela do carro é de desolação total. “É muito triste ver uma área desse tamanho ser incendiada. Sempre costumo parar em um trecho da estrada que tem um mirante para apreciar a vista de cima. Agora, não há mais nada a contemplar”, diz.

A Copasa informou nessa quarta-feira que o problema de abastecimento nos bairros Independência e Mineirão (Barreiro/BH), Retiro das Pedras (Brumadinho), Águia Dourada, Nossa Senhora de Lourdes, Primavera (Ibirité) e Jardim Canadá (Nova Lima) será normalizada hoje, depois que o fogo danificou a rede elétrica do bombeamento de água. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que três áreas florestais de Minas continuam queimando: o Verde Grande, em Jaíba (Norte), a Mata do Cedro, em Carmópolis de Minas (Centro-Oeste do estadol) e na Serra de Ouro Branco, na cidade homônima (Central).


Previsão de chuva

De acordo com o meteorologista do 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmetro), Claudemir de Azevedo, a tendência é de clima seco e altas temperaturas até o fim de semana, o que pode contribuir para a volta do fogo em alguns pontos. Na semana que vem, há uma tendência de chuva. “Em setembro, não tivemos chuva na Grande BH suficiente para acabar com a estiagem. Em outubro, a tendência é que as águas cheguem para ficar. A média para o mês é de 140 milímetros, enquanto em setembro não passa de 40 mm”, informou. Amanhã, a previsão é de umidade relativa do ar entre 25% e 30% e temperatura máxima de 32°. A mínima não deve passar de 17° na região metropolitana.
 


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