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Estado de Minas

Acusação não faz réplica e juri se reúne para decidir sobre sentença

Na defesa do réu, Ércio Quaresma pediu mais uma vez que seu cliente seja condenado


19/08/2011 16:33 - atualizado 19/08/2011 16:47

Os advogados de acusação que atuam no julgamento de Fábio Willian da Silva Soares optaram por não fazer réplica após a fala da defesa durante o debate nesta tarde. Sendo assim, os jurados já se dirigiram para a sala do fórum onde irão decidir se o borracheiro é culpado ou não. A decisão pode sair em instantes.

A estratégia da defesa de Fábio foi tentar fazer o júri tirar as qualificadoras do processo. Ércio Quaresma discursou por cerca de 1h15  sempre próximo aos jurados. Durante a sua afirmação, Quaresma tentou mostrar que a cabeleireira provocava o borracheiro. Ele leu algumas transcrições de ligações entre o casal em que, segundo Quaresma, continham essas provocações. “Ela sabia que estava sendo gravada e mesmo assim o instigava para que ele cometesse a violência”, afirmou o advogado.

O advogado falou novamente sobre a provocação que Islaine teria feito na hora do crime. Segundo ele, por três vezes seu cliente disse que ia matar a cabeleireira e ela respondeu "Então mata agora”. Quaresma também voltou a afirmar que seu o réu tem que ser condenado. Por pelo menos duas vezes, foi até o seu cliente e tentou passar uma lição de moral. “Em cada dia da sua vida, daqui para a frente, você consiga entender que nada se resolve do jeito que você fez”,. Em outro momento, disse: “Que sirva de lição esse tempo de encarceramento, para você suportar a perda”, afirmou.


O crime

Por volta das 8h40 de 1º de janeiro do ano passado, Fábio invadiu o salão de beleza de Maria Islaine, no Bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova, e disparou oito tiros a queima roupa contra ela. Quatro acertaram no peito, três nas costas e um na cabeça. Alguns clientes que estavam no local presenciaram o crime. A ação foi filmada pelas câmeras de segurança instaladas no interior do estabelecimento.

O borracheiro teria cometido o assassinato por estar inconformado com o fim da relação e com a partilha dos bens. Ele já havia ameaçado a cabeleireira que registrou diversos boletins de ocorrência denunciando Fábio. Quando ela morreu, a família entregou cópias das queixas à polícia, alegando que a tragédia já era anunciada e que nenhuma providência havia sido tomada. Em abril de 2009, Fábio foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele também tinha uma ordem judicial para não se aproximar de Maria Islaine.


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