Mais um feriado prolongado se aproxima e com ele o risco de um novo caos em uma das principais saídas da capital, a BR-381, no sentido Vitória, interditada desde 20 de abril, depois que a ponte do Rio das Velhas cedeu no km 454. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mantém o prazo de liberar o tráfego no local no dia 20, três dias antes do feriado de Corpus Christi. Porém, o tenente Ruan Diego Martins, do 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado do Exército, que coordena a montagem da segunda ponte metálica, calcula que serão necessários até 10 dias para conclusão dos trabalhos. Uma das duas estruturas a serem montadas no local já está pronta.
Na tarde dessa segunda-feira, metade do trabalho de montagem da segunda estrutura estava concluído. As pontes metálicas têm 14 painéis, cada um com 3,48 metros de comprimento. Eles são encaixadas como um quebra-cabeças e à medida que ganham corpo são empurrados sobre o rio, até alcançar a margem oposta.
“Começamos a trabalhar há dois dias e teremos ainda entre oito e 10 dias para terminar a ponte. Isso se não chover ou ocorrer algum outro problema”, afirma o tenente. O militar diz que 45 homens trabalham na montagem da passagem metálica. O maquinário disponibilzado pelo Exército é de dois caminhões munck, uma empilhadeira, um trator de esteira e cinco caminhões bitrem para o transporte da estrutura. “O trabalho está tranquilo, seguindo o ritmo normal”, completa o tenente.
“
Continuamos com a previsão de liberar o tráfego no trecho em 20 de junho”, afirma o engenheiro do Dnit Alexandre Oliveira. Ele adianta que os trabalhos nos aterros de acesso às pontes metálicas, como pavimentação e sinalização, estarão concluídos no prazo. Oliveira mantém também o cronograma de construção da ponte definitiva, que deve ser finalizada em novembro. Ele explica que estão sendo feitos os blocos de sustentação das vigas, que receberão a superestrutura da obra de arte.
Segundo o tenente Martins, a velocidade ideal para que os veículos cruzem a ponte fica entre 20 e 30 km/h. O militar ressalta que elas suportam 60 toneladas e que o fluxo de veículos sobre as estruturas será contínuo.