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Estado de Minas

Polícia investiga suspeita de estupro no Instituto de Educação de Minas Gerais

Garoto de 7 anos teria sido violentado em banheiro desativado da escola, no Centro de BH. Caso está na Delegacia Especializada de Proteção à Criança


12/06/2011 07:17 - atualizado 12/06/2011 07:39

Com o boletim de ocorrência em mãos, mãe do garoto espera que a polícia encontre e puna agressor, que seria um adolescente
Com o boletim de ocorrência em mãos, mãe do garoto espera que a polícia encontre e puna agressor, que seria um adolescente (foto: Renato Weil/EM/D.A Press)
Uma denúncia de estupro contra um menino de 7 anos, ocorrido dentro de uma das mais tradicionais instituições de ensino público do estado, está sendo investigada pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) de Belo Horizonte. A suposta violência sexual teria sido praticada por um adolescente, aluno do ensino fundamental do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), que fica na Rua Pernambuco, 47, no Centro da capital. A criança atacada também estuda na escola, no 3º ano da educação infantil.

A mãe do menino, a dona de casa E.L.R., de 32, explicou que a agressão foi na manhã da segunda-feira, dia 6. Mas somente depois de dois dias tomou conhecimento do fato. Segundo ela, na quarta-feira, sua irmã esteve na escola e a professora do filho a alertou sobre uma mudança no comportamento do menino, que estava introspectivo, diferente de suas características.

“Quando ele chegou em casa, me disse que sentia dores. No decorrer da conversa, contou que um menino, do meu tamanho, tomou seu dinheiro do lanche e o levou a um banheiro. No local, sofreu a violência. A todo momento, ele dizia que a culpa era sua, sem entender que tinha sido vítima de uma agressão”, contou a dona de casa.

De acordo com E.L., o filho estuda há dois anos no Instituto de Educação, no turno da tarde. Porém, até o dia do ataque, ele participava de um projeto de aula de reforço na instituição, em sistema de educação integral. “Durante o intervalo das aulas, ele foi comprar biscoito num ambiente dentro da escola, onde contou ter sido abordado por esse adolescente. De acordo com ele, o agressor o levou para o banheiro desativado, com mais um menino e duas meninas. O tarado não perturbou as garotas, pois disse que gostava somente de meninos.”

Imediatamente depois do relato, com detalhes, a dona de casa levou o filho a um hospital, onde o médico constatou alterações compatíveis com o relato de violência sexual. No dia seguinte, ela procurou a vice-diretora do turno da tarde da escola. A educadora, segundo a mãe, ouviu da própria criança a versão do ataque e ainda foi levada ao local da abordagem e da agressão. “Ela se convenceu de que ele falava a verdade e se comprometeu a apurar o ocorrido. Quando lhe disse que procuraria a polícia, ela respondeu que era um direito meu”, descreveu a mãe.

Perícia no IML

Na sexta-feira, E. retornou à escola e, depois de falar com a diretora do Instituto de Educação, ligou para a Polícia Militar. Uma equipe da 3ª Companhia do 1º Batalhão da PM seguiu para o local. Depois de conversarem com a criança, os militares decidiram registrar o boletim de ocorrência. “Os dois policiais ouviram do meu filho o que havia ocorrido e não tiveram dúvidas”, destacou. O registro foi entregue à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, e o delegado plantonista emitiu uma guia para exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML). O exame foi realizado, mas o laudo com o resultado deve ficar pronto apenas no dia 20. “Quero que investiguem e encontrem quem fez isso com meu filho, para que não faça com outras crianças. Se fosse com um dos filhos de professores, já teriam identificado o agressor. Houve falha da escola ao permitir contato de crianças com adolescentes, além da circulação de alunos em áreas abandonadas, dentro do prédio”, desabafou a mãe.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou ontem à noite que a Superintendência Regional de Ensino Metropolitana A, que responde pelo Instituto de Educação, ainda não tomou conhecimento das denúncias. Porém, a partir da segunda-feira inspetores da superintendência vão à escola em busca de informações, para que possam cooperar com as investigações policiais. Quanto ao banheiro não utilizado, a secretaria informa que são áreas em obras, para receber em agosto alunos da Escola Estadual Barão do Rio Branco, que terá seu prédio reformado. Esses espaços, segundo informa a pasta, são anexos, salas e banheiros, onde não é permitida a circulação dos estudantes.


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