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Estado de Minas

Bioengenharia da UFMG já desenvolveu 38 patentes de produtos


postado em 11/06/2011 07:30

Com o objetivo de ajudar pacientes que perderam os movimentos dos dedos e das mãos, um grupo de pesquisadores do Laboratório de Bioengenharia (Labbio), do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG, desenvolveu uma órtese dinâmica para as mãos que permite recuperar os movimentos de flexão. A pesquisa com a órtese, também chamada de luva robótica, foi iniciada em 2004 em pacientes que tiveram a perda do movimento do braço. E é apenas uma das muitas que estão em curso no Labbio e já renderam 38 patentes de produtos.

Em 2009 o projeto evoluiu e passou a ser adotado em pacientes que tiveram derrame. Nestes casos, passaram a ser usadas órteses da mão e do cotovelo. “A luva ajuda o cérebro do paciente a reconectar o controle do braço. No caso de pacientes que tiveram derrame, é indicado que seja usada em clínicas junto com a fisioterapeuta”, afirma Marcos Pinotti, coordenador do Labbio. Órteses são dispositivos ortopédicos destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo.

Segundo Pinotti, a luva já foi usada em 10 pacientes com derrame, que apresentaram recuperação adequada. Ela é feita com polímero termomoldável e material antialérgico. Personalizada, ela é moldada no paciente. “É leve e os pacientes gostam de usar”, observa Pinotti. A órtese de mão é composta por três módulos principais: uma luva, um músculo artificial eletromecânico e um módulo de controle. A luva conta com tendões artificiais ligados a um motor que faz a mão abrir e fechar. O resultado nos pacientes pode ser observado no período de três a seis meses.

A luva robótica é fruto de um trabalho multidisciplinar do professor Pinotti com engenheiros, médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. O projeto já foi patenteado e agora está em fase de aperfeiçoamento para ser colocado no mercado.

Corantes As 38 patentes de produtos foram desenvolvidas no Labbio com a ajuda de professores e alunos. Atualmente está em curso o projeto do corante para desinfecção de micro-organismos, chamado de terapia fotodinâmica. Os corantes são extraídos de matérias-primas do cerrado de Minas Gerais e usados para fazer a desinfecção de bactérias e fungos. Os experimentos iniciais foram feitos para as áreas de gengivas, mas começam a ser desenvolvidos também para a dermatologia.

Com a ajuda de um aparelho que emite luz, o corante é colocado no lugar infectado e assim penetra na bactéria e no fungo. Depois disso, são gerados radicais livres, que dentro da bactéria provocam uma reação que faz com que ela morra. “Provoca o suícidio da bactéria”, explica Pinotti. O produto está sendo desenvolvido pela AptivaLux, em parceria com a UFMG, a Hipofarma e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).


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