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Estado de Minas

Comer fora de casa sai bem mais caro, e perigoso


postado em 31/05/2011 06:00 / atualizado em 31/05/2011 05:58


Além de perigoso, comer fora de casa é bem mais caro. De acordo com levantamento da Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o preço médio de uma refeição completa na rua é R$ 21,11, com suco ou refrigerante, sobremesa e um café. Em Belo Horizonte a média cai para R$ 17,97. Quem come por cinco dias da semana na rua tem um gasto de quase R$ 90. Conforme os cálculos da nutricionista Danusa Botelho, na capital mineira, as pessoas que preparam o próprio almoço podem, com essa quantia, fazer 18 refeições no mesmo período. “Considerando um prato com 150g de carne, arroz, feijão e mais salada diversa, além de um suco, sobremesa e um cafezinho, não passa de R$ 5, incluindo as despesas com gás e energia”, estima.

A pesquisa leva em consideração a refeição no horário do almoço em estabelecimentos que recebem tíquetes, cartões e vales-alimentação. A média foi definida no fim do ano passado, com valor-base de R$ 18,20 no país, alta de 16%. O presidente da Assert, Artur Almeida, acredita em nova elevação neste ano. “A inflação voltou a crescer e tem sido motivo de preocupação para todos”, destaca Almeida.

A expectativa de Almeida encontra eco quando analisado um dos subitens do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): a refeição fora de casa, que subiu 10,62% no ano passado e 4,22% de janeiro a abril. Em ambos os períodos a inflação para quem come na rua é superior à geral: 5,92% no ano passado e 3,24% até abril, pelo IPCA. O peso dos alimentos representou quase 40% da inflação no ano passado.

Para Almeida, a pressão prosseguirá por causa do aquecimento da economia brasileira, com aumento do emprego e da renda, que provocou maior demanda por alimentos; valorização das principais commodities, como café e açúcar, no mercado internacional e problemas climáticos. Além disso, quem come em restaurantes assume outros custos do comércio, como o aluguel, que em 2010 subiu 11,23%.

Ele destaca que os brasileiros têm necessidades, cada vez maiores, de se alimentarem fora de casa. “O país tem problemas estruturais de mobilidade urbana”, observa. Almeida também ressalta o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho e o modelo familiar cada vez mais reduzido.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia) o mercado de alimentação fora do lar, o Food Service, representa 30% das vendas da indústria de alimentos e nos últimos anos cresceu, em média, 13%, movimentando R$ 180 bilhões por ano. Pesquisa do IBGE de 2009 mostra que o percentual das despesas com alimentação fora de casa representa 31,1% dos gastos com alimentos, contra 24,1% em 2003.


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